O presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Luciano Bispo (PMDB), descartou a possibilidade de uma aliança entre o PMDB e o DEM com vistas à tentativa de reeleição do prefeito João Alves Filho em Aracaju. “Não existe. A gente respeita e ouve a opinião do deputado Robson Viana, que quer essa aliança, é uma questão pessoal dele, mas a chance é menos dez. Nem devia se perder tempo discutindo esse tema”, afirmou.
Luciano ponderou que o PMDB poderá apoiar as pré-candidaturas do deputado federal Valadares Filho (PSB) ou do ex-prefeito Edvaldo Nogueira (PCdoB), ou ainda lançar um nome do próprio partido, como o deputado estadual Garibalde Mendonça ou o secretário da Saúde, Zezinho Sobral. “São possibilidades que serão discutidas. Agora, apoiar João? Não tem chance. É uma possibilidade inócua. Até maio, junho do ano que vem, surgirão essas ideias malucas. Mas o PMDB vai caminhar numa linha. E João em outra. Serão adversários”, ressaltou ele.
O parlamentar disse ainda que a palavra final sobre o PMDB caberá ao governador Jackson Barreto, “que é o maior líder nosso”. “Se pedir a minha opinião, eu dou. Mas prefiro ouvir Jackson Barreto. Agora, tenho também um ponto tranquilo: não voto em João Alves Filho. É ponto pacífico. Não voto e não aconselho coligação. Se o PMDB fizer, vou respeitar, mas não vou subir no palanque. Em Aracaju, onde tiver um voto para João, eu vou tentar fazer o cidadão mudar de ideia”, afirmou.
Para Luciano Bispo, o atual prefeito da capital “deveria seguir o conselho de Jackson Barreto”: “ir para casa cuidar de outras coisas. Têm pessoas que chegam aos 75 mais cansadas do que outras. Têm os que chegam menos cansados. Se João Alves quisesse estar aqui com a gente estaria há dois anos. Ele não quis. João já foi prefeito, governador, já deu a contribuição dele. Agora deve encerrar a carreira política, escrever os livros dele, falar sobre o Rio São Francisco, que é um tema que ele gosta”, sugeriu.
Instado a comentar a administração de João na capital, Luciano Bispo disse que até o vice-prefeito da cidade, José Carlos Machado (PSDB), já expôs a insatisfação com os problemas de Aracaju. “Teve a questão do lixo, teve o secretário que ficou com duas pastas – com a Saúde e a Fazenda, e só mandava recurso para a Saúde, dizem que repassou mais de R$ 50 milhões, uma coisa maluca, uma conversa atrapalhada, tanta confusão. Estão perdidos. Cada dia que passa piora mais. O próprio vice, Machado, expôs a situação”, relatou o presidente da Assembleia Legislativa, fazendo referência à polêmica entrevista de Machado, na qual ele reclamou da lentidão das obras.
Sobre o caminho que o grupo do senador Eduardo Amorim (PSC) seguirá na capital em 2016, Luciano Bispo não titubeou: “Os Amorim votam em João Alves Filho. Sabe qual é o discurso? ‘É por causa dos meus netos. Vou votar no avô dos meus filhos’. Já sei de cor e salteado”. O peemedebista também descartou a candidatura de Amorim a prefeito de Aracaju: “Conversa fiada para fazer barulho”.
(Fonte: Jornal da Cidade)
