Laudo do Dnit diz que caminhoneiro é culpado pelo acidente

O laudo pericial do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) apontou o caminhoneiro Luesterley Benedito Inácio como o único responsável pelo acidente fatal ocorrido no km 111, da BR 101, no dia 11 de março passado, quando a carreta que ele conduzia, colidiu com cerca de 15 veículos. Três pessoas acabaram morrendo carbonizadas. O motorista foi ouvido na tarde de ontem, 13, no Estado de Goiás. 

Segundo o laudo do Dnit, que já está em posse da delegada de Delitos de Trânsito, Lara Schuster – responsável pelas investigações – Luesterley teria sido desatento no momento do acidente e os freios da carreta não foram acionados antes da colisão. “O motorista desenvolvia velocidade acima da permitida de 80,00 km/h e completamente desatento, pois os freios não foram acionados conforme ausência de marcos de frenagem no asfalto”, aponta o relatório assinado pelo superintendente do órgão, José Otávio Soares.

O relatório diz ainda que o mesmo teria declarado à imprensa momentos depois do acidente que “não viu nada a sua frente”, diz um trecho do laudo. “Dois carros bateram e tentei desviar, mas já estava muito em cima. Fiz de tudo para jogar no acostamento, mas não deu tempo”, disse Luesterley, no dia do acidente. O veículo transportava 37 toneladas de produtos químicos derivados de petróleo.

 Novo depoimento

Luesterley foi ouvido mais uma vez na tarde de ontem, 13, por um delegado no Estado de Goiás. “Este laudo do DNIT estava junto com o da PRF (Polícia Rodoviária Federal), por isso ocorreu um pequeno atraso nas investigações. Ele (caminhoneiro) foi ouvido logo no começo, mas prestou depoimento mais uma vez, a um delegado em Goiás”, explicou a delegada Lara Schuster.

O laudo do Dnit reforça ainda mais uma participação direta do motorista da carreta no acidente, já que na semana passada um relatório da PRF apontou como uma das causas determinantes para a colisão, o comportamento do condutor da carreta: “que transitava a 86,8 Km/h e apresentou reação tardia de acionamento dos freios, ou os mesmos não funcionaram devidamente quando acionados”, disse o laudo.

A PRF também apontou como fatores determinantes para o acidente, o bloqueio da rodovia durante uma manifestação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e a pouca visibilidade no local, em face da inclinação da via que apresenta falha de engenharia/sinalização.

O acidente deixou como vítimas a nutricionista Vanessa Rúbia Santos, 28, o taxista Raildo de Oliveira Santos , 44, e a cuidadora Maria José de Melo Oliveira, 41.

Por: JornaldaCidade.Net

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