Agentes penitenciários pedem interdição do Cadeião

penitenciariaApós um fim de semana marcado por rebelião e com saldo de um agente ferido e um presidiário morto dentro de uma cela, o Sindicato dos Agentes Penitenciários e Servidores da Sejuc (Sindpen) pediu de interdição do Cadeião localizado em Nossa Senhora do Socorro. Na manhã terça-feira, 22, o Sindicato protocolou o pedido ao juiz da Vara de Execuções Criminais (VEC), Hélio Mesquita. Segundo a categoria, o Cadeião está superlotado, já que foi construído para comportar apenas 161 presos, quando abriga hoje, mais de 500.

De acordo com o presidente do Sindpen, Luciano Nery, em dois meses triplicou a população carcerária ultrapassando, assim, a capacidade do presídio. "Os presos provisórios estão sendo enviados para o Cadeião, que além de não ter capacidade para recebê-los, não tem efetivo de agentes suficiente.”

Ainda segundo Nery, essa demanda aumentou por conta da interdição do Complexo Penitenciário Dr. Manoel Carvalho Neto (Copemcan) para recebimento de novos presos, em agosto deste ano. O Complexo Penitenciário Antônio Jacinto Filho (Compajaf), que é terceirizado, não permite o número de detentos superior ao definido em contrato.

Rebeliões

Ainda segundo o sindicalista, a superlotação é a principal queixa dos presos e a razão dos frequentes motins. "A interdição tem como objetivo garantir a segurança dos agentes e também dos detentos porque trabalhamos com baixo efetivo de agentes, apenas seis por plantão" denuncia o sindicalista.

OAB

O pedido de interdição acontece paralelo ao pedido da Ordem dos Advogados do Brasil de Sergipe. A entidade também solicitou ao judiciário a interdição do local. Segundo o presidente da OAB-SE, Henri Clay, a ação não tem como objetivo fechar o presídio, e sim evitar que outros detentos sejam levados para lá. "É um estado de calamidade pública, pois a situação é de absoluta degradação humana e grave, porque traz insegurança para os agentes penitenciários e também para a sociedade”, avalia o presidente da OAB.

O Cadeião está localizado em Nossa Senhora do Socorro e tem capacidade para 170 presos, mas atualmente abriga de 500. Segundo as denúncias, são 54 pessoas numa cela para 14 pessoas.

(Fonte: Infonet)

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