Cerca de duas mil famílias começaram a ocupar, a partir das 5h da manhã desta segunda-feira, 4, a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária de Sergipe (Incra). Liderado pela Frente Nacional de Luta (FNL), o movimento tem como objetivo garantir a efetivação do plano estadual de assentamento das famílias e mostrar a insatisfação com a nova superintendência do órgão. Quarenta ocupações presentes em todo o Estado estão sendo convocadas e os manifestantes afirmam que irão ocupar o Incra por tempo indeterminado.
De acordo com a coordenação da FNL, o ato é em discordância a posse do novo superintendente do Incra, Aroldo Araújo, que substituiu André Bonfim. Além disso, o movimento pede a garantia de terra, cesta básica, assistência técnica e auxílio gestante e idoso. “Queremos que o Incra dê espaço aos pequenos agricultores e ais benefícios sociais”, alega o coordenador Jorge Luís.
Renê Tavares, coordenador do Movimento Sem Teto/SE ao lado de Jorge Luís, coordenador da FNL
Gislene Reis: "Queremos garantir que essa gestão atenda nossos pedidos”
A coordenação também garante que a ocupação é por tempo indeterminado. Ocupantes entraram na sede do Incra munidos de alimentos e colchões.
MST
No ato, também está presente o Movimentos dos Trabalhadores Rurias Sem Terra. De acordo com a representante da direção do MST, Gislene Reis, também há discordância em relação ao novo superintendente.
“Nossas pautas foram recebidas pelo antigo superintendente, André Bonfim. Queremos garantir que essa gestão atenda nossos pedidos”, explica. Ainda de acordo com ela, na pauta de reinvidicações estão a liberação de créditos, assistência técnica e manutenção dos pagamentos estabelecidos.
Movimentos Urbanos
Além dos movimentos rurais, também estiveram presentes os movimentos urbanos. Regina Célia, uma das ocupantes do Lar da Esperança, na Coroa do Meio, diz que a principal reivindicação é por moradia. “Estamos acampados porque temos necessidade de casa própria. Todos do Lar da Esperança estão juntos para lutar por moradias. Muitos vivíamos na casa de parentes e amigos”, relata. A ocupante diz que, no momento, recebe auxílio-moradia.
(Infonet)