Um dos julgamentos a júri popular mais longos da Justiça sergipana foi encerrado na noite de quinta-feira (2), após quatro dias, com dois réus absolvidos e dois condenados por três homicídios, no crime que aconteceu há dez anos no Bairro Coroa do Meio em Aracaju.
O juiz Edno Aldo Ribeiro de Santana, com base no veredito do Conselho de Sentença, anunciou que dois réus foram absolvidos das acusações.
A maior pena foi para Naldson Alexandre, condenado pela prática de dois homicídios duplamente qualificados e porte ilegal de arma de fogo, com pena de 53 anos e seis meses de reclusão.
O policial militar Clelio Rangel Santos Dias foi condenado pela prática de um homicídio duplamente qualificado e também por porte ilegal de arma de fogo. A pena dele foi de 18 anos de reclusão.
O crime aconteceu em 11 de junho de 2006, às 6h, após um desentendimento em um bar. Uma vítima ficou ferida, mas sobreviveu. Outros três homens foram assassinados na ocorrência que ficou conhecida como ‘Chacina da Coroa do Meio’.
Os promotores de Justiça Rogério Ferreira e Deijaniro Jonas atuaram na acusação. As defesas dos acusados condenados podem recorrer da sentença em instância superior.
Julgamento
Na quinta-feira (2) foram realizadas a réplica, a tréplica e a análise dos jurados sobre cerca de 100 quesitos. No dia anterior, o juiz da 5ª Vara Criminal, Edno Aldo, realizou debates de duas horas e meia para a defesa e mais duas horas e meia para a acusação.
Durante os debates, o Ministério Público (MP) defendeu a tese de que todos os quatro acusados participaram de alguma forma da chacina. Um dos acusados já estava preso preventivamente e os outros três responderam ao processo em liberdade.
Os advogados de defesa foram diferentes, mas com teses parecidas que destacaram que os clientes estavam no local do crime, mas que não participaram das execuções.
(Infonet)