No mês de novembro, quando celebra a Consciência Negra e é momento de reafirmar a luta pela igualdade racial e de gênero, o Projeto Rede Solidária de Mulheres de Sergipe é exemplo inspirador de resistência e fortalecimento coletivo. Realizado pela Associação das Catadoras de Mangaba de Indiaroba (Ascamai), em parceria com a Petrobras e com o apoio da Universidade Federal de Sergipe (UFS), o projeto vem transformando vidas e construindo redes de apoio para mulheres negras em Sergipe.
Neste 20 de novembro de 2024, Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, comemorado pela primeira vez como feriado nacional após a aprovação da Lei 14.759/23, reafirmamos o compromisso com a valorização da luta histórica das mulheres negras. A Rede realizou, no dia 19 de novembro uma live especial que reuniu mulheres negras para compartilhar suas histórias e reflexões sobre a importância do Novembro Negro, o bem viver e a força do aquilombamento em rede.
A live contou com a presença de Alícia Salvador, mulher preta, extrativista e líder comunitária de Pontal, em Indiaroba, que trouxe sua vivência e enfatizou. “Quando a gente se reconhece, entende quem somos e qual é a nossa identidade, ninguém consegue nos derrubar”.
A live contou também com as presenças de Josilene Tavares, quilombola e artesã da palha de Ouricuri no povoado Alagamar, em Pirambu, que falou sobre a força da organização coletiva em sua comunidade e Valdenora Ribeiro, tecelã quilombola de Lagoa do Junco, em Poço Verde, que destacou a importância do projeto em fortalecer a autoestima e a identidade das mulheres negras.
Durante a live foi abordado também como o Projeto Rede Solidária fomenta discussões sobre identidade, gênero e raça, trazendo a voz das mulheres negras para o centro das decisões. A mediadora, Tainara Vidal, reforçou que é preciso falar sobre o racismo para combatê-lo. “Quem vive e sente na pele o preconceito somos nós. Precisamos falar sobre isso para mudar a realidade”.
Encerrando o Novembro Negro, o projeto reafirma a importância do diálogo sobre equidade racial e de gênero. A Rede Solidária de Mulheres de Sergipe segue sendo uma referência de luta e união, mostrando que o bem viver é construído coletivamente, com base no reconhecimento e na valorização das raízes negras.
Assessoria