O Movimento Intersindical dos Trabalhadores do Serviço Público de Sergipe, que congrega 14 entidades sindicais e associações, está buscando o apoio da Assembleia Legislativa, Tribunal de Contas do Estado e Tribunal de Justiça para questionar a sistemática adotada pelo governo estadual na contabilidade pública. As categorias divergem da Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz) quanto à forma de calcular a Receita Corrente Líquida (RCL) e a Despesa Líquida com Pessoal (DLP). Os servidores cobram o reajuste salarial e a implantação do Plano de Carreira. O governo afirma que não há condições de atender aos dois pleitos.
Ontem, os líderes do movimento intersindical se reuniram com o presidente do TCE, Carlos Pinna, e o diretor do tribunal, Álvaro de Carvalho. Ainda nesta semana, os sindicatos estarão formulando uma consulta sobre as finanças públicas junto à Corte. “Fomos muito bem recepcionados. O presidente do TCE afirmou que o órgão está aberto a responder qualquer questionamento aos cidadãos e seus representantes”, afirmou o presidente do Sindicato do Fisco de Sergipe (Sindifisco), Paulo Pedroza.
Na última segunda-feira, os sindicalistas foram recebidos pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Luciano Bispo (PMDB), que, segundo Pedroza, comprometeu-se em conversar com o governador Jackson Barreto (PMDB) sobre as reivindicações dos servidores. “Colocamos o nosso pleito, ele teve boa vontade de conversar com a gente e anunciou que vai conversar com o governador e expor a nossa reivindicação. Ele disse que assim que o governador chegar ele irá levar a nossa demanda”, afirmou.
De acordo com o representante da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), Waldir Rodrigues, desde a solicitação coletiva de reabertura da mesa de negociação o governo estadual ainda não entrou em contato com as lideranças para discutir o assunto. Segundo ele, o ofício foi protocolado no dia 2 deste mês. Na próxima segunda-feira os sindicalistas irão ao TJ, onde serão recebidos pelo desembargador Luiz Mendonça. Para o dia 4 de agosto as categorias preparam protestos com indicativo de greve geral.
Participam do movimento a Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB/SE) e 13 sindicatos (Sindifisco, Sintasa, Sindipen, Sindconam, Sinpol, Sintrase, Seese, Sinpsi, Sindimed-SE, Adepol, Sterts, Senge/SE e o Sinter/SE).
Fonte:JCnet