O Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público (Sintrase) fez um ato em frente ao Centro de Atendimento ao Cidadão (Ceac), na Estação Rodoviária José Rollemberg Leite. De acordo com o presidente do Sintrase, Diego Araújo, a manifestação marcou o início da greve por tempo indeterminado, que já havia sido decidida em assembleia na semana passada. Com paralisação, muitos serviços estão inviabilizados.
A greve afeta os três Ceacs e a parte técnica e operacional das escolas. “As aulas estarão inviabilizadas, porque não terá vigilantes, merendeiras e nem o pessoal de secretaria”, disse o presidente do sindicato.
Nos Ceacs estão suspensos os serviços da Secretaria de Segurança Pública (SSP), que confecciona carteiras de identidade; o NAT (Núcleo de Apoio ao Trabalho), que expede carteiras de trabalho e o Ipesaúde, responsável por marcação de consultas e exames.
Diego explica que a paralisação ocorreu porque o Governo do Estado não implantou o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos da Administração Geral (PCCV). Por conta disso, diversos funcionários estão ganhando abaixo do salário mínimo, pois o governo alega que está no limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Na manifestação no Ceac, Diego mostrou o contracheque de alguns dos servidores. Um deles, com seis anos de trabalho, recebe R$ 945, mas tem descontado R$ 174,81, o que reduz o salário para R$ 770,19. “Como não pode pagar menos que o mínimo, é acrescentado R$ 17,81, que totaliza R$ 788”, contabilizou Diego.
“Esse bloqueio salarial atinge sete mil servidores, sendo que cinco mil destes recebem menos que o salário mínimo”, protestou. “Queremos chamar a atenção do governador Jackson Barreto para a situação da categoria”, disse.
A manifestação do Sintrase tem o apoio da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).
Fonte: JC.Net