Pescadoras(es) e povos ribeirinhos de Sergipe e Alagoas realizam ato em defesa do Rio São Francisco dia 17 de outubro

franciscoO avanço da carcinicultura, especulação imobiliária, empreendimentos da indústria do petróleo, mineração, barragens e usinas hidroelétricas e nucleares, entre outras ações têm provocado a degradação do Rio São Francisco e afetado diretamente a vida e a pesca artesanal dos povos ribeirinhos de Sergipe e Alagoas. Por isso, no próximo dia 17 de outubro vai acontecer um grande ato em defesa do “Velho Chico”, na Ponte que liga a cidade de Canindé do São Francisco/SE e Piranhas/AL.

A concentração ocorre no Trevo da Prainha de Canindé, a partir das 7h. Logo depois, ocorre uma grande caminhada até a ponte, às 8h. Em seguida, uma grande ocupação para chamar atenção às pautas das comunidades e povos ribeirinhos.

O ato, desenvolvido pelos pescadores,  pescadoras e povos ribeirinhos do Rio São Francisco, luta principalmente contra a vazão desordenada da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco - Eletrobras Chesf. As barragens e usinas causam duros impactos na vida das comunidades, pois acabam gerando bancos de areias, a seca artificial do rio e seus afluentes, a mortandade de peixe, o adoecimento de pescadores e pescadoras, além do aumento da insegurança alimentar nas comunidades pesqueiras.

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Além dos efeitos das barragens e usinas hidroelétricas e nucleares, o ato busca destacar as seguintes pautas: a especulação imobiliária e o inconsequente turismo de massa; as cercas nas águas; o uso desordenado e sem fiscalização de agrotóxicos e o esgoto sanitário às margens do Rio; a carcinicultura, que acaba gerando uma concorrência desleal no mercado; a exploração de Petróleo e Gás; e o desmatamento da mata ciliar do Rio São Francisco.

Em Carta Pública, o Ato de Defesa do São Francisco solicita do Estado brasileiro uma reparação dos danos causados pela CHESF aos impactos causados às comunidades ribeirinhas, a fiscalização e punição de agricultores e empresários que fazem o uso de agrotóxicos nas margens do rio, assim como dos empreendimentos imobiliários. Outro ponto importante é o repovoamento de espécies nativas de peixes, que devido às barragens acabam sem conseguirem fazer a desova nos locais corretos para a procriação.

O Ato, que é uma ação da sociedade civil, conta com o apoio Conselho Pastoral Pescadores Pescadoras da Bahia-Sergipe (CPP Ba-Se), do Movimento de Pescadores e Pescadoras Artesanais (MPP), da Articulação Popular São Francisco Vivo, do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), do Grupo de Mulheres de Bonsucesso (Poço Redondo/SE), do Movimento de Marisqueiras de Sergipe (MMS), do Movimento de Mulheres Camponesas, da APESCA – Associação de Pescadores e Pescadoras Artesanais de Olho D’água do Casado/AL, da Associação de Mulheres e Homens Pescadores Nossa Senhora Aparecida (Serrão/Ilha das Flores) e da Associação de Pescadores e Pescadoras Senhora da Saúde (Santana do São Francisco/SE).

Assessoria

 

 

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