Lula perderia para Bolsonaro, empataria com Michelle e tenta usar a tragédia do RS como salvação política

perdeuA popularidade do presidente realmente não permite que tenha um protagonismo como governante. Em nova pesquisa publicada na última sexta-feira (24) ele perderia para Jair Bolsonaro e estaria empatado com Michelle Bolsonaro. Estando no poder e perder para um inelegível e que coloca multidões, nas ruas enquanto ele não consegue 800 pessoas com showmício no dia do trabalhador é o mesmo que ser derrotado por um pugilista amarrado. Lula neste contexto não consegue ter força no congresso nem cumprir suas promessas, e pior, é tutelado pelo STF, que neste momento o apoia. Algo que não é função da Suprema Corte.

Bolsonaro venceria Lula se estivesse elegível, é o que mostra Paraná Pesquisas. Bolsonaro levaria 38,8% dos votos contra 36% de Lula. Nesse cenário, Bolsonaro foi o único nome da direita testado. Os demais candidatos foram o pedetista Ciro Gomes (que ficou com 8,4% das intenções de voto), o tucano Eduardo Leite (3,4%) e o emedebista Helder Barbalho (1,0%). Já em uma simulação de segundo turno entre eles, o ex-presidente ficaria com 42% e o petista teria 41,7%. Mas as notícias ruins não param aí. Contra Michelle, o presidente teve os mesmos 36% e a ex-primeira-dama (que nunca disputou um cargo) apareceu com 33%, em empate técnico. Nos dois casos, no entanto, a diferença entre os candidatos fica dentro da margem de erro da pesquisa, que é de 2,2 pontos percentuais para menos ou para mais. Complementando o raciocínio, Bolsonaro tem característica de elevar aliados e Lula corre só no seu campo de poder. Tarcísio, Michelle, Caiado, Ratinho, Zema e Leite; por problemas de popularidade do atual governo, animam o grupo para a disputa.

Em termos de rejeição, a avaliação negativa do governo Lula se mantém maior que positiva, diz o Paraná Pesquisas. O índice, que considera quem avaliou a administração como “ruim” (9,8%) e “péssima” (31,3%), ficou em 41,1% na nova pesquisa. Já a avaliação positiva chegou a 31,9%, o que inclui quem respondeu que considera a administração do petista como “ótima” (10,6%) e “boa” (21,3%). São muitos sintomas para um 2026 doentio.

Neste contexto, Lula faz um jogo duplo de usar o Rio Grande do Sul e sua tragédia como salvação política. Ao lançar o 'candidato' Paulo Pimenta ao governo do Estado, afastou ele do Planalto que constantemente brigava com Rui Costa e primeira-dama e suas ingerências e manda seu escudeiro para cuidar da tragédia. Deveria ser um técnico e não um político e jornalista. Jogou errado. Aécio, uma das principais lideranças do PSDB, classificou a escolha de Lula como uma “excrescência”. Segundo o tucano, Lula deveria ter consultado o governador Eduardo Leite (PSDB) antes de escolher Pimenta para o cargo. A decisão do presidente, segundo o PSDB, foi um desrespeito ao governador gaúcho.

“Aécio Neves? Não conheço”, limitou-se a dizer Pimenta, na terça-feira (21), em entrevista coletiva, ao ser questionado sobre o assunto. A resposta do ministro arrancou risos de outros integrantes do governo federal que o acompanhavam – como a ministra da Saúde, Nísia Trindade. “A resposta do ministro Pimenta acentua o seu despreparo, ao não ter como responder uma crítica política consistente feita pelo deputado Aécio Neves e pelo PSDB. Esperamos todos que o ilustre ministro, na próxima vez, se prepare melhor para responder politicamente as críticas políticas que receber”, afirmou Perillo. O resultado veio rápido, depois de fazer reunião em churrascaria no horário de trabalho, tentar cooptar prefeitos e admitir que "está um pouco sem rumo", a pesquisa da Paraná mostrou que avaliação: o ruim e péssimo do governador Leite é de 24%, enquanto de Lula/Pimenta 38%.

A título de exemplificação, existe um resultado que a pirotecnia e uso de sua mídia tentando desqualificar o indivíduo voluntário e doações privadas, tentando valorizar o Governo Federal, não deu certo. O governo recebeu maioria das críticas e muitos salvadores apareceram pela veracidade de sua ajuda. A Rede Globo foi muitas vezes expulsa dos lugares enquanto outras mídias ou redes sociais mostraram-se mais dentro da realidade. Nisto tudo, existe uma exemplificação na pesquisa. Apesar das recorrentes ações televisionadas em tentativa de ajudar o governo e tendo executivo, ela perde em muito para a ex-primeira-dama.

A pesquisa da Paraná Pesquisas divulgada (24.mai.2024) mostra que 43,4% dos brasileiros preferem a Michelle Bolsonaro (PL) à atual primeira-dama, Janja Lula da Silva, citada como preferida por 34,7% dos entrevistados. Outros 16,1% afirmaram não ter preferência por nenhuma das duas, enquanto 5,9% não souberam responder. Lula foi nesta sexta-feira lançar obras contra enchentes em Araraquara e exaltar seu aliado prefeito Edinho Silva (PT), bem longe da tragédia. Mas o que é o Rio Grande do Sul para um ser político que tem uma eleição muito difícil para reverter?

Reportagem, Tulio Ribeiro

 

 

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