"Não abençoamos união homoafetiva", confirma o Papa

papaNum embate contra conservadores, o papa Francisco corrigiu seu entrevistador sobre a postura da Igreja Católica em relação aos casais do mesmo sexo em uma rara entrevista, explicando que permitia as bênçãos de pessoas individuais, mas não uma união entre pessoas do mesmo sexo.
Na entrevista do programa  "60 Minutes", o papa foi arguido sobre suposta nova postura  na política do Vaticano ao aprovar as bênçãos dos católicos em uniões homoafetivas, já que a Igreja reconhece o sacramento do matrimônio como uma união indissolúvel entre um homem e uma mulher. "No ano passado, você decidiu permitir que padres católicos abençoassem casais do mesmo sexo", disse a âncora do programa "60 Minutes", da CBS, Norah O'Donnell. "É uma grande mudança. Por quê?"
"Não, o que eu permiti foi não abençoar o sindicato. Isso não pode ser feito porque esse não é o sacramento. Não posso. O Senhor fez assim", disse o Papa, em declarações traduzidas para o inglês. "Mas abençoar cada pessoa, sim. A bênção é para todos. Para todos. Abençoar uma união de tipo homossexual, no entanto, vai contra o direito dado, contra a lei da Igreja. Mas para abençoar cada pessoa, por que não? A bênção é para todos. Algumas pessoas ficaram escandalizadas com isso. Mas por quê? Todos! Todos!"
Francisco enviou uma carta a dois cardeais conservadores em outubro, orientando que tais bênçãos poderiam ser oferecidas em algumas circunstâncias se aqueles que receberam a bênção não confundissem o ritual com o sacramento do casamento. Este fato fez a mídia gerar grande confusão na abordagem na época. Uma contradição de comunicação ao que poderia que a Igreja agora endossa o casamento entre pessoas do mesmo sexo, mas não era isto. O Papa apenas levava o direito de que todas as pessoas fossem dignas de tais bênçãos.
Uma bênção é "uma oração invocando o poder e o cuidado de Deus sobre alguma pessoa, lugar, coisa ou empreendimento", segundo o Catecismo da Igreja. O contratempo  ainda fez ondas em todo o mundo, já que alguns católicos gays a viam como uma alteração. O que provocou que católicos tradicionais nos EUA também criticaram o papa por suas declarações.
No ano passado, o papa Francisco criticou governos ao redor do mundo  e até  conservadores que criminalizam a homossexualidade, dizendo que não era um crime enquanto continuava sendo um pecado. "É um fato humano".
Continuou ele numa crítica velada :"Há bispos conservadores nos Estados Unidos que se opõem aos seus novos esforços para revisitar ensinamentos e tradições. Como você lida com as críticas deles?" O'Donnell perguntou. "Você usou um adjetivo, 'conservador'. Ou seja, conservador é aquele que se apega a algo e não quer ver além disso", disse o Papa. "É uma atitude suicida. Porque uma coisa é levar em conta a tradição, considerar situações do passado, outra bem diferente é se fechar dentro de uma caixa dogmática". O papa Francisco lidera a Igreja desde 2013 , mas enfrenta forte oposição da maioria dogmática.

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Papa Francisco

 

 

 

Reportagem, Tulio Ribeiro

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