Fragilidade de Lula para ajudar ao povo do Rio Grande do Sul

falsaPouco tempo depois do início da grande tragédia, já se mostra espelho das principais fraquezas do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ampliando a pressão sobre elas. Primeiramente a inabilidade de gestão para as finanças públicas, as falhas na comunicação, a falta de articulação política, a ineficiência da equipe ministerial e a persistente aposta na polarização ideológica foram claramente expostas na calamidade gaúcha, obrigando o Palácio do Planalto a lidar com esses problemas e a sair em busca de soluções.

Perdido em vários caminhos, hora a hesitações, hora recuos e embates com opositores e críticos da atuação do setor público na tragédia gaúcha, o governo tem tentado controlar a narrativa nos últimos dias, destacando esforços para ajudar o Rio Grande do Sul. Já no começo da crise, seus gestos só serviram para aprofundar o discurso que carrega desde a eleição de 2022, de divisão da sociedade e enfrentamento aos grupos conservadores e de direita. Até mesmo a questão racial foi explorada por ele na sua abordagem sobre a tragédia no Rio Grande do Sul. Com a popularidade em queda e resistindo a adotar medidas de austeridade, o presidente da República permitiu que a dívida pública do país subisse mais de R$ 1 trilhão de reais no seu atual mandato.

Outra seara de gargalo do governo escancarado pelas chuvas no Rio Grande do Sul trata dos erros na comunicação com a sociedade, algo que se tornou queixa frequente do próprio Lula e favoreceu a saída honrosa do seu ministro da Secretaria de Comunicação (Secom), o deputado Paulo Pimenta (PT-RS), nomeado secretário extraordinário para a reconstrução do Estado. Orientado por marqueteiros, o chefe do Executivo também tratou de tirar do ar a campanha “Fé no Brasil”, com mensagens de otimismo e elogiosas à sua gestão, para priorizar mensagens de apoio ao povo gaúcho. Existe também uma desarticulação política no Congresso sem sinais de melhora

Claro se mostra que a ineficiência da equipe ministerial tende a ficar mais exposta. As dificuldades de a equipe ministerial fazer entregas prometidas e esperadas por Lula já fomentaram tensões na Esplanada, como se evidenciou nas cobranças do presidente em cada vez mais frequentes reuniões. Agora com seu 39º ministro, dedicado especialmente à tragédia gaúcha, Lula não só iguala o número de pastas ao do período Dilma Rousseff (PT). Ele expõe o time a mais críticas, em meio ao desconforto da queda de popularidade.

Politicamente existe uma aposta na polarização ideológica reforçada na tragédia gaúcha. Essa seria também uma oportunidade para Lula exercer na prática o slogan de "união e reconstrução" de seu governo. Entretanto para o chefe do executivo e seus aliados no judiciário, o problema maior não é a reconstrução, mas a caça aos adversários que segundo ele geram 'fake news'. Quase toda crítica à ineficiência e ineficácia do governo seriam uma mentira plantada.

Mas fechando esta análise temos a postura 'star' diante da tragédia. Ela é regada de hipocrisia, falsas verdades e a técnica de tirar atenção do que importa, salvar os gaúchos e moradores. Um espetáculo de interpretação, quase teatral e de mal gosto. Lula não esquece a política, mesmo diante de mais de 160 corpos, fora da imagem de destruição do que foi o lar de brasileiros.

Percebe-se quase um sentimento por figuras políticas e do estrelato uma solidariedade desinteressada. A título de citação, miramos Lula fazer política sobre 150 cadáveres e sobre os escombros daquilo que um dia foi o lar e o sustento de centenas de milhares de gaúchos. Não é novidade, você diz e eu concordo. Lula está acostumado a fazer política sobre caixões nesse caso, porém, o que chama a atenção é a disposição de tantos em admirarem a maldade que se traveste de consolo ou amabilidade.

falsa1A estruturação da vulnerabilidade para fins políticos é irresponsabilidade esquecendo o ser humano.  As atitudes deslocadas da primeira-dama que pensa ser ministra, nos remete a esta ideia, quase um deslumbramento e hipocrisia diante dos holofotes. Semana passada ela estava para autopromoção, dando bom dia para o cavalo Caramelo e agora?

Dois fatos e pior ver suas imagens que são algo de embrulhar estômago. Na primeira, Janja faz uma série de fotos no avião presidencial, cercada por cestas básicas destinadas aos flagelados pelas inundações. Importante ressaltar, que cada uma das cestas básicas viajou com o cinto de segurança devidamente afivelado. A salvo, portanto, de qualquer turbulência, em ato teatral, Janja fica em destaque, toda “elegante” com céu de paisagem, assistindo a um cordão humano que tira doações de um helicóptero para depositá-las ali perto. A filmagem não é jornalismo e sim uma tomada de vídeo de puro marketing. Solidariedade falaciosa, sem voluntarismo sincero não é a luta pela vida.

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Lula e a primeira dama Janja

 

 

 

Reportagem, Tulio Ribeiro

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