Pimenta autoridade federal no RS, admitiu que não sabe o que fazer em meio à calamidade

churraO ministro e na prática interventor do governo federal no Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, que foi flagrado se reunindo em ' trabalho ' numa churrascaria dia 16 admitiu que "não sabe nem para onde se mexer". A matéria ou furo jornalístico da repórter da Revista Oeste, Sarah Peres, custou uma intimidação proferida pelo petista e representante federal no Rio Grande do Sul: "matéria mentirosa, vergonha, isto não é jornalismo, seja honesta ". Mas para infelicidade do ministro, que quer usar os recursos para tentar uma candidatura no Estado, tudo foi filmado. O ministro até o momento não desmentiu reunião com equipe na churrascaria, que é inadequada quando tanta gente passa necessidade.

Mas o mais preocupante, o ministro passou a última quinta-feira dando entrevistas e numa delas mostrou o quanto o RS depende dos voluntários, já que o governo federal se mostra ineficiente diante da tragédia. O ministro admitiu que diante da complexidade da tragédia, o governo Lula está perdido no Rio Grande do Sul: "A gente não sabe para que lado se mexer, estou mais ou menos assim no momento".

Lula fez uma jogada dupla. Tirou Pimenta da Secretaria de Comunicação, onde era muito questionado e acumulava atritos com Janja da Silva, e colocou numa função relevante, ainda mais considerando a conjuntura atual e o efeito dela na estratégia eleitoral para 2026. O ministro, afinal, é tido como o principal nome do PT para o governo do Rio Grande do Sul. Qualquer mudança que não lhe desse o mínimo destaque seria tido como desprestígio.

Chegamos no tempo em que políticos não podem mais fazer atos de natureza política. E isso vale para Lula, Eduardo Leite e qualquer outro prefeito que vá concorrer à reeleição.

Ao assumir a tarefa de “autoridade federal” no Rio Grande do Sul, Pimenta ganha uma caneta poderosa. Será ele o encarregado de canalizar os preciosos recursos federais para áreas atingidas. Ganha status na medida em que intermediará interesses, mas também a responsabilidade de ser efetivo no pior momento da história do Estado.

O governo, com isso, politizou a tragédia climática. Em entrevista para a revista Veja, o deputado federal Aécio Neves, correligionário de Eduardo Leite no PSDB, disse que Lula abdicou do “papel de estadista”. “Um tiro no pé do presidente que vai custar caro aos gaúchos e a ele próprio no futuro”, disse. O presidente da legenda, Marconi Perillo, viu a nomeação com “estranheza”.

Por Tulio Ribeiro

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