Oito deputados da base governista votaram contra o ministro Fernando Haddad, da Fazenda, na tarde de terça (19), ao defenderem a mudança da meta fiscal para o Orçamento de 2024 para 1% do Produto Interno Bruto (PIB). A votação em que acabou prevalecendo o objetivo de zerar o déficit das contas públicas evidenciou o racha no governo entre alas a favor de contas no vermelho e outras com equilíbrio.
Entre os que votaram contra a meta zero está o próprio candidato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL-SP), e deputados do PT e do PCdoB. Eles defenderam mudar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), mas a maioria dos parlamentares rejeitou a alteração.
Além de Boulos, votaram a favor da mudança os deputados Lindbergh Farias (PT-RJ), a vice-líder do governo Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ), Tarcísio Motta (PSOL-RJ), Bohn Gass (PT-RS), Renildo Calheiros (PCdoB-PE) e Daniel Almeida (PCdoB-BA).
Por outro lado, deputados do Centrão e da oposição votaram a favor de Haddad para manter a meta de zerar o rombo nas contas públicas.
Por Guilherme Grandi (Gazeta do Povo)