Racismo no governo Lula

racismoSim, o Brasil com certeza na história, é o país mais escravocrata das Américas. "Assim, por meio do tráfico negreiro e ao longo de mais de 300 anos, cerca de 4,8 milhões de africanos foram desembarcados no Brasil. O trabalho dos africanos, concentrado na economia açucareira, era duríssimo e pautado na violência. O trabalho poderia estender-se por até 20 horas de trabalho diário", nos ensina as historiadoras Lilia Schwarcz e Heloísa Starling que o ofício no engenho era muito mais exaustivo e perigoso do que o realizado nas roças. "Era comum que os escravos perdessem suas mãos ou braços, e nas fornalhas e caldeiras, eram comuns as queimaduras. Nessa última etapa, o trabalho era tão pesado que os escravos utilizados nela, geralmente, eram os mais rebeldes. Era comum que os grandes engenhos possuíssem por volta de 100 escravos, lembrando que os escravos africanos só se tornaram a maioria em meados do século XVII".

Mas por demorar o modo de operar a produção, os portugueses colonialistas e os brasileiros, escravizaram indígenas, brancos, amarelos e mestiços. Por compreender a dívida que temos diversas raças, especialmente com afrodescendentes, o atual governo tem o Ministério da Igualdade Racial, comandado por Anielle Franco, irmã da mundialmente famosa, a vereadora Marielle Franco, assassinada em luta contra poderosos e até hoje sem solução. por esta razão que o fato ocorrido na decisão da Copa do Brasil na cidade de São Paulo seja um exemplo da forma errada de administrar o Estado, e usar o racismo contra os antigos escravocratas com acentuado sentido de ódio e revanche.

A ministra mora na cidade do Rio de Janeiro e torce para o Flamengo quem enfrentaria em segundo jogo o São Paulo com nome da capital do estado de mesmo nome. Já seria inadequado, sendo a Confederação Brasileira de Futebol ter sede no Rio de Janeiro, a titular da pasta marcar assinatura e ato contra o racismo em outro local. Isso porque custou ao Estado brasileiro custear o voo de uma aeronave grande para deslocamento Anielle comete o erro padrão dos que ascendem ao poder. Usar os benefícios que nem sempre são necessários. Além de voar de Brasília para São Paulo com a equipe, fez questão de uma live cantarolando uma música comum entre os torcedores flamenguistas. Tentando corrigir o erro justificou que assinaria um documento. A emenda saiu pior que o soneto pelo Twitter. Um documento que na prática de nada vai valer. Hoje as assinaturas são digitais em documentos de lugares distintos. Ou simplesmente fazer no Rio, sua cidade e sede da CBF. Mas iria piorar!

A ministra soltou uma nota revoltada, dizendo que era "inacreditável por trabalhar "contra o racismo" e que tinha "deixado os filhos num domingo para trabalhar"! Será que ela não aceita crítica por uma viagem que custa aos cofres públicos e sem qualquer efeito prático? Uma demonstração de tamanha soberba.

Tinha uma racista no Ministério da Igualdade Racial trabalhando. A assessora do Ministério da Igualdade Racial demitida por preconceito. Coisas mostram um racismo latente no Brasil. Na arquibancada do Morumbi, depois de ter viajado em avião da FAB pago pelo dinheiro público, Marcelle Decothé ofendeu são-paulinos e paulistas, durante a final da Copa do Brasil.

Ela postou: “Torcida branca, que não canta, descendente de europeu safade…”. No mesmo post, complementou: “pior tudo paulista.” Um preconceito nada neutro. As ironias são chocantes. A assessora especial acompanhava a ministra Anielle Franco no Estádio para assinar ' protocolo'. Em apenas uma postagem a servidora da ministra conseguiu ser racista e xenofóbica. E no horário de trabalho, o racismo foi praticado por quem recebia salário para combatê-lo. Detalhe: a moça tem currículo de ativista do movimento negro, uma premissa de valor. Uma prova de que preconceito não é só questão de cor, é de caráter. A assessora foi exonerada!

Segundo um dos maiores jornais do Brasil, a fala racista de Marcelle Decothé, assessora Especial de Assuntos Estratégicos do Ministério da Igualdade Racial, pode ser um crime inafiançável à luz do novo entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre crimes de racismo, de acordo com juristas consultados pelo periódico 'Gazeta do Povo'. Para Alessandro Chiarottino, doutor em Direito Constitucional pela USP, a fala pode "sem dúvida" caracterizar crime inafiançável de acordo com a atual interpretação do Supremo sobre o racismo.

"E há mais: quando o crime de injúria racial ou por origem da pessoa for cometido por funcionário público no exercício de suas funções ou a pretexto de exercê-las, a pena será aumentada em um terço. Portanto, trata-se de um ato criminoso bastante grave", afirma.

Após a controvérsia sobre as declarações da assessora, o Ministério da Igualdade Racial afirmou que "ainda que as postagens tenham sido feitas em momento de descontração, fora dos ritos institucionais e de tom informal, o caso será submetido às instâncias internas de investigação para apuração da conduta das servidoras."

No dia 30 de setembro de 2020 a assessora próxima a ministra, com mestrado e doutorado postou: " O debate de ontem do Trump x Biden é puro suco que a mediocridade branca pode produzir, não é?" Em 6 de janeiro de 2021, para comentar um aspecto da repressão à invasão do Capitólio, nos EUA, Marcelle Decothé postou no Twitter um texto seguido de uma imagem com os dizeres "gente branca é doida". Para Chiarottino, a ressalva sobre as postagens terem sido feitas "em momento de descontração" não valem como atenuante. "Se assim fosse, deveríamos atenuar a culpa daqueles delinquentes que, na década de 90 em Brasília, queimaram o índio Galdino sob o pretexto de que o fizeram 'por brincadeira'. A finalidade da legislação que pune os crimes de racismo é também evitar 'brincadeiras' que veiculam preconceito", explica.

Foi gritante o silêncio da ministra, que era próxima da assessora tanto que lhe deu cargo de confiança com salário de 17 mil reais ou 3460 dólares, e mais ainda a passividade do presidente Lula. Claro que o mandatário não tem culpa, mas ao construir uma frente com 38 ministérios e dezenas de partidos de diversas ideologias, pouco comanda o Estado que mais parece um consórcio de poderes. Demitir a ministra por gastar dinheiro público com voo desnecessário, fragilizaria ainda mais sua base no Congresso, mas era o correto diante dos fatos. Afinal ganhou a eleição por apenas 0,5%. Tudo sobrou para autora das frases contra um povo que deveria defender, mas a ideia está intrínseca no ministério, o racismo deve ser combatido preferencialmente quando atinge os afrodescendentes. 

Afinal, São Paulo, que é a maior província econômica do Brasil, foi construída por afrodescendentes, latinos, japoneses, italianos, alemães, brancos, pardos, amarelos, enfim, diversas etnias. Racismo não é somente contra o preto ou contra o branco, o pior é que não podemos esperar nada deste ministério que tem na cúpula de seus gestores ideias perto do ódio. Para o Brasil pagar a dívida contra escravidão que ainda existe em partes do país, devemos libertar o ser humano, indiferente da sua cor. Embora o esforço de Lula, seu governo de mistura ideológica nos levar andar em círculos, até ele decidir e tomar o caminho certo. Neste momento, o governo não deveria mais verbalizar que combate o racismo e uso eficiente dos recursos públicos. Mas há tempo, e que seja logo, para ele mudar.

Por Tulio Ribeiro

 

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