Maduro impõe medo aos gays e terror contra sindicalistas e persegue comunistas

nicolasSer gay na Venezuela, um medo que revive em meio à "criminalização" das pessoas LGBTI. Num ódio injustificado, no governo de Nicolás Maduro Moros, um homossexual não pode doar sangue, uma pessoa trans é obrigada a se identificar legalmente com um nome que não a represente, e casais do mesmo sexo não têm o direito de se casar, entre outras proibições, 33 homens presos, por estarem numa sauna gay.  A justificativa foi sórdida, atentado ao pudor apenas por que pessoas em recinto fechado demonstram sua escolha sexual.

Em uma entrevista citada pela Agência EFE, Julio Nuño comentou sobre sua intenção de visitar uma "sauna" em Caracas, sua irmã respondeu com um sonoro "não", pensando que ele poderia acabar na cadeia, um medo que disparou para as pessoas LGTBI+. Deveria ser crime frases que o governo Maduro permite verbalização livre: "Deviam deixá-los presos, espero que morram, não merecem a vida, diz a Bíblia homem e mulher", são algumas das mensagens que são lidas nas redes sociais após a detenção múltipla no estado de Carabobo. Um homossexual "nunca" se sente "verdadeiramente integrado" na sociedade venezuelana. Questionou Nuño se alguém gostaria de se sentir "tão odiado", simplesmente por "decidir com quem estar". Ser homossexual lhe custa agressões verbais, físicas, discriminação e até episódios de violência sexual. Há casos de denúncias que os agressores eram policiais e logo a Justiça acusa em processo, os 33 homens pelos crimes de "ultraje ao pudor", "traição" e "poluição sonora".

ONGs de direitos humanos identificaram como uma política de "homofobia de Estado" que promove o ódio. "Odeiem-me por algo que se justifica, porque sou um cidadão irresponsável, porque sou uma pessoa má, porque sou cruel, porque sou desonesto, porque sou desonesto, porque sou carente de integridade. Odeia-me por isso, mas você vai me odiar porque eu decido, nem mesmo querer um homem, ficar sexualmente com um homem? Você vai me odiar por isso?", disse Nuno. Na prática o medo do Estado é maior, porque é ele que lhe vai dizer: 'olha, não, não podes, não podes existir ou se vais existir tens de esconder'.

Mas os sentimentos de terror não são exclusivos aos LGBTQI +. Especialistas denunciam abuso crônico da lei antiterrorismo contra sindicalistas na Venezuela Tarek William Saab sobre ativistas condenados a 16 anos de prisão: "Eles foram processados por conspirar contra o Estado". Nesta nova seara mas mesma prática, as autoridades venezuelanas indicadas pelo governo, abusam cronicamente da lei antiterrorismo para condenar sindicalistas, denunciaram dois relatores da ONU nesta sexta-feira. Eles deram como exemplo uma sentença recente contra seis dirigentes sindicais proferida em 1º de agosto.

"Está claro que estamos testemunhando um abuso crônico das medidas de contraterrorismo contra aqueles que defendem os direitos dos trabalhadores, buscam melhorar as condições de trabalho e participam de organizações sindicais na Venezuela", disseram os especialistas em um comunicado. "Em um processo judicial marcado por irregularidades e excepcionalidades. Esse abuso das medidas de combate ao terrorismo é totalmente contrário ao direito internacional", acrescentaram Fionnuala Ní Aoláin, relatora para a proteção dos direitos humanos no combate ao terrorismo. O uso indevido das leis antiterrorismo tenta sufocar e sufocar a sociedade civil organizada, disseram. Eles também criticaram as longas sentenças de prisão proferidas nas sentenças de 1º de agosto.

"A dureza das sentenças serve de alerta para outros que possam participar de atividades dissidentes ou associativas, contrárias às visões do governo", afirmaram.'São conspiradores'. O aliado de Maduro e procurador-geral Tarek William Saab reiterou em 7 de agosto que os seis homens condenados não são sindicalistas ou trabalhadores de empresas públicas ou privadas, mas supostos conspiradores. Ele garantiu que eles não estão inscritos na previdência social ou filiados a nenhuma organização sindical. Em autodeterminação, como uma convicção sem provas, insistiu que as informações divulgadas por ONGs e pela defesa dos detidos são falsas.

Outra seara que confronta o seu discurso, é que se dizendo socialista, passou a perseguir os comunistas no país. Neste enredo, mais de 300 políticos, intelectuais, sindicalistas e ativistas de vários países assinaram uma petição, na qual pedem ao Governo de Nicolás Maduro que "evite a judicialização" do Partido Comunista da Venezuela , depois de um grupo de comunistas ter pedido ao Supremo Tribunal que interviesse nesta formação política, "um duro golpe no regime de liberdades democráticas" alardeia as instituições ."Pedimos ao governo venezuelano e ao presidente  Maduro que evitem a judicialização , tomando as decisões políticas e institucionais e disposições que garantam a autonomia e o desenvolvimento democrático do PCV"

Não é uma questão de desconstruir o chavismo que distribuiu renda quando Hugo Chávez comandava. Mas Maduro, que herdou poder por ser seu vice, ante a morte do líder, não sabe administrar e esvaiu seu desenvolvimento. Apesar da citação de Lula que a "reunião com Maduro é 'momento histórico', defendendo 'integração plena' e vendo 'preconceito' de países contra Venezuela", o ex-motorista de trem, usa reeleições manipuladas e não tem limites em atacar qualquer segmento da sociedade para se manter no poder. O que o Brasil tem com isto? Além de bilhões vencidos para receber, não pode dar mais crédito ao terror de Estado  usando o discurso falso de ajudar os venezuelanos.

Por Tulio Ribeiro

 

 

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