Maduro, aliado de Lula, manda prender 33 homens por serem gays

maduroA força policial do governo venezuelano surpreendeu um grupo de 33 homens em uma sauna gay na cidade de Valência, na Venezuela, no último domingo (23). O grupo foi detido pelas autoridades no estado de Carabobo sob as acusações de ultraje ao pudor, aglomeração e poluição sonora, de acordo com informações divulgadas pela ONG Observatório de Violências LGBTIQ+.

A ONG País Plural alertou que a Venezuela deu mais um passo para a criminalização da comunidade LGBTIQ+. A organização solicitou   que o Estado tome medidas para garantir a não repetição dos eventos por meio de políticas educacionais voltadas aos órgãos de segurança do Estado. Isso para que eles tenham uma visão imparcial, não discriminatória e com um foco profundo nos direitos humanos. Dentre os 33 homens presos, 30 já foram libertados e deverão se apresentar à Justiça. O dono do estabelecimento e dois massagistas, no entanto, seguem detidos e aguardam a liberação mediante pagamento de fiança.

As prisões, com autorização do governo Nicolás Maduro Moros, levantaram uma denúncia sobre uma perseguição contra pessoas LGBTQIA+ na Venezuela. Dentro de uma abordagem das organizações locais, além da prisão, os homens detidos tiveram fotos divulgadas pelos agentes nas redes sociais. Em nota, a Anistia Internacional alega que o grupo foi alvo de campanha de ódio.

Maduro que enfrentará uma eleição em 2024 atua rápido para garantir mais uma vitória, destituiu os juízes do Conselho Nacional Eleitoral e os novos serão escolhidos por seus deputados e liderados por sua esposa que é parlamentar além do seu filho (Nicolasito Maduro e Cilia Flores). Outra contradição é que passou a perseguir os comunistas no país. Neste enredo Mais de 300 políticos, intelectuais, sindicalistas e ativistas de vários países assinaram uma petição, publicada esta quinta-feira, na qual pedem ao Governo de Nicolás Maduro que "evite a judicialização" do Partido Comunista da Venezuela (PCV), depois de um grupo de comunistas ter pedido ao Supremo Tribunal que interviesse nesta formação política, "um duro golpe no regime de liberdades democráticas" alardeia as instituições ."Pedimos ao governo venezuelano, aos poderes públicos e ao presidente Nicolás Maduro que evitem a judicialização do PCV, tomando as decisões políticas e institucionais e disposições que garantam a autonomia e o desenvolvimento democrático do PCV", solicitaram os signatários na carta, divulgada pelos comunistas.Entre os que apoiam o artigo estão o filósofo franco-brasileiro Michael Löwy, o americano Peter McLaren, os economistas argentinos Julio Gambina e Eduardo Lucita e o eurodeputado Miguel Urbán, além de outros professores e pesquisadores da Bolívia, Colômbia, Chile, Equador, México e Porto Rico. O Partido Comunista da Venezuela é o partido mais antigo do país e acompanhou o chavismo em sua ascensão ao poder em 1999, após o que manteve uma proximidade com o governo que ruiu na última década, quando Maduro deteriorou a democracia e a economia. No final de fevereiro, um total de 45 formações comunistas no mundo condenaram o que consideram um "plano de assalto e intervenção do PCV" por parte do Estado venezuelano.

No enredo de homofobia do governo Maduro,  as instituições exigem que o Judiciário arquive o caso, elimine todas as acusações apresentadas pelo Ministério Público e liberte totalmente as 33 pessoas detidas arbitrariamente. Além disso, convidam funcionários de instituições do Estado a trabalhar pela reparação das vítimas da exposição e do escárnio público a que foram submetidas".

Um total de 1,4 milhão de pessoas receberam algum tipo de ajuda na Venezuela durante o primeiro semestre de 2023, informou nesta quinta-feira o Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) da Organização das Nações Unidas (ONU).Em seu relatório, a organização multilateral explicou que, no primeiro semestre, 1,4 milhão de pessoas (51% mulheres) foram alcançadas com algum tipo de assistência, o que não significa que suas necessidades tenham sido atendidas. O descalabro administrativo de Maduro levou os venezuelanos uma triste liderança, além de um salário base que não passa de 24 reais , mais de 168.000 migrantes em trânsito para os Estados Unidos entraram irregularmente em Honduras este ano, 40% (67.092) deles venezuelanos, segundo dados do Instituto Nacional de Migração (INM).

Mas o que Lula vê em Maduro que além de tudo deve 12,5 bilhões de reais ao Brasil em financiamento, e possui apenas em reservas totais, 9,6 bilhões de dólares (pt.tradingeconomics.com/venezuela/foreign-exchange-reserves)? Cada vez mais entendemos o conceito de " democracia relativa" defendida por Lula. É em causa própria de esconder o inexplicável, ele recorrentemente cita as mais de 27 eleições desde o chavismo no poder, mas esquece que são manipuladas, que Maduro inabilita concorrentes, prende adversários e negou recentemente a fiscalização oficial de agências fiscalizadoras respeitáveis como os da União Europeia. O que Lula esconde do chavismo que não consegue aclarar a verdade?

Por Tulio Ribeiro

 

 

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