Uma nova pressão se aproxima sobre a inflação brasileira. A gasolina já foi a vilã em março, quando ficou 8,3% mais cara, segundo o IBGE. O principal motivo foi a oneração maior, embora parcial de tributos federais (PIS/Cofins). Nos próximos meses algo parecido deve ocorrer. Outra questão é o aumento do desemprego.
A taxa de desemprego no Brasil subiu para 8,6% no trimestre móvel terminado em fevereiro, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) , divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Comparado frente trimestre imediatamente anterior, entre setembro e novembro, o período traz aumento de 0,5 ponto percentual (8,1%) na taxa de desocupação. Ainda assim, esse é o menor resultado para o trimestre dezembro-janeiro-fevereiro desde 2015 (7,5%).
Voltando a questão da inflação, o presidente tem pressionado o Banco Central, que é independente, a baixar a taxa dos 13,75%, mas o perigo é real visto que em junho, entra em vigor a nova alíquota do ICMS, imposto estadual, que será igual em todas as unidades da federação e fixada em reais por litro, e não mais em um porcentual do preço de venda. O valor definido pelos estados, porém, corresponde a um forte aumento em relação à tributação atual. Nos EUA existe a previsão de um novo aumento da taxa depois de passarem de um intervalo de 4,75% a 5% ao ano
No mês julho, deve ocorrer novo aumento no PIS/Cofins sobre gasolina e etanol hidratado, conforme previsto pelo ministro titular da economia, o advogado Haddad. Neste contexto apresenta-se outra força de pressão vem da defasagem do preço da gasolina comercializada pela Petrobras em relação ao combustível importado. Há uma diferença de 6%, segundo cálculo da Segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom).Em julho, reoneração do PIS/Cofins zerados temporariamente em meados do ano passado, naquele momento somavam cerca de R$ 0,69 por litro de gasolina e R$ 0,24 por litro de etanol
No mercado mundial, o mercado Brent (Inglaterra) subia 0, 37% % aos 86,43 o barril depois de um aumento nos últimos trinta dias de 17%. Já o WTI ( Texas) subia nesta sexta 0,62% , aos 82,67(14:40 hora de Brasília). Outra pressão sobre os preços dos combustíveis pode vir da adoção de medidas de estímulo à economia, por parte do governo federal. Quanto maior a demanda, maior a pressão sobre os preços. Nesta mesma inércia a decisão do Comitê Nacional de Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal (Consefaz), tomada no final de março, vai colocar lenha na fogueira da inflação a partir de junho. É quando passa a valer a alíquota fixa de R$ 1,22 de ICMS sobre o derivado de petróleo. O novo valor fixo é maior que o imposto pago atualmente pelos motoristas, que corresponde a um porcentual do preço de venda.
Enquanto isto Lula volta da china depois do encontro com Xi Jinping com 15 novos acordos Um deles fechados prevê a participação dos dois países na construção do CBERS-6, um satélite de observação entre os dois países. O acordo entre os dois países já lançou outros satélites no ar, sendo o último o CBERS-4 em 2014.Nenhum deles garantiu a BYD na produção de carros elétricos na Bahia, o que é possível. A visita de Lula ao Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Huawei em Xangai, pode preocupar os estadunidenses. O 'chairman' Liang Hua, apresentou sobre 5G, conectividade, telemedicina , educação, e projetos em zonas remotas da Amazônia para conectar escolas públicas e interligar segurança em distância remotas
Neste conjunto, dois acordos devem garantir mudanças para o agronegócio institui um plano de trabalho para a certificação eletrônica de origem animal; outro faz um protocolo entre o Ministério da Agricultura e as aduanas chinesas para processos de quarentena de carne enviada do Brasil, suavizando crises de embargo às exportações. Foi firmado entre os serviços de mídia, uma colaboração televisiva que garante até aliança entre a Xinhua e a Empresa Brasil de Comunicação, o que lança a mídia estatal próxima abordar a visão chinesa do mundo. Lula deve buscar em transformar realidade de investimentos, as promessas das viagens.
Por Tulio Ribeiro
