ADELSON BARRETO
O deputado federal Adelson Barreto terá muito o que se explicar sobre a acusação de que embolso quase meio milhão de reais da verba de subvenção da Assembléia Legislativa, quando era deputado estadual. Ele mandava o dinheiro para duas associações e recebia quase tudo de volta.
AÇÃO CIVIL
Adelson Barreto, PTB , foi denunciado pelo Ministério Público e teve contra ele uma Ação Civil Pública ajuizada na 7ª Vara Cível. Houve desvio de verbas de subvenção da Assembleia. Ele destinou dinheiro para a Associação dos Moradores José Augusto dos Santos, em Muribeca, e para a Associação Musical Lira Nossa Senhora da Purificação, em Capela. Cada um teve R$ 300 mil do bolso do povo, que Adelson diz tanto defender. Ele vem se mantendo na vida pública há vários anos com mandatos de vereador, deputado estadual e agora federal, sempre usando a miséria da população desamparada, para ganhar milhares de votos a cada eleição. Ele participa do programa Tolerância Zero, apresentado por Otoniel Amado (Bareta), de segunda a sexta-feira, na TV Atalaia-Rede Record. Adelson mostra pessoas com sérios problemas de saúde, expondo a tragédia humana e buscando cura, através do serviço público de saúde e por isso passa pelo milagreiro.
VEREADOR
Antônio Arimatéia Rosa Filho, vereador em Capela, era quem intermediava as negociações do dinheiro da subvenção que Adelson Barreto destinava para entidades e depois exigia quase tudo de volta. O Ministério Público descobriu que Adelson exigia que R$ 200 mil retornasse para seus bolsos, de cada associação. O promotor público Bruno Melo diz as investigações comprovaram que R$ 200 mil entraram nos bolsos de Adelson: R$ 30 mil para o presidente da Lira; R$ 30 mil para o vereador; e R$ 40 mil distribuídos entre a proprietária de uma empresa de engenharia e uma engenheira que morou em Capela.
SETE ESPERTOS
Na Ação Civil Pública do Ministério Público denuncia por improbidade administrativa Adelson Barreto; o vereador Antônio Arimatéia Rosa Filho; o presidente da Lira, Robério dos Anjos Andrade; a empresária Lilian Feitosa Barros de Mendonça; a engenheira civil Edilene de Jesus Amaral; o presidente da Associação dos Moradores José Augusto dos Santos, José Marques Mota Santos; e o ex-presidente da Associação José Augusto Santos, o senhor José Pedro Silva Santos. Virgem, como tem Zé. E estes são espertos. Não tem nenhum Zé Mané e nem Zé Ruela. Só tem Zé Mão de Grude.
CERTEZA
O promotor Público Henrique Cardoso, que está no caso do desvio da verba de subvenção destinada por Adelson Barreto, diz que o Ministério Público Estadual tem a certeza de que os recursos chegaram na Associação e foi verificado que não foram utilizados. Onde está este dinheiro? Indaga Cardoso. É simples o gato comeu com caldo de gana e saiu cantando de telhado e telhado acompanhado pela Lira.
INVESTIGADAS
Todas as associações de utilidade pública ou outras que receberam dinheiro das subvenções da Assembleia Legislativa em 2014 serão investigadas. O MPE incentiva à delação premiada, para saber da verdade, com respeito ao dinheiro recebido pelos presidentes de associações. A Ação Cível Pública será julgada pelo Tribunal de Justiça de Sergipe. Mas no âmbito criminal, o processo foi submetido ao Supremo Tribunal Federal. Explica o promotor Jarbas Adelino que Adelson Barreto tem a prerrogativa do foro privilegiado, por isso, o processo foi encaminhado ao procurador Geral da República, para que ele adote as medidas que achar necessárias.
SEM PROVAS
O advogado Emanoel Cacho, que defende o deputado federal Adelson Barreto, PTB, garante que Adelson é inocente e que até agora não foram produzidas provas que incriminem seu cliente. Em anos anteriores, o deputado já havia repassado subvenções para estas mesmas entidades e nunca houve notícia de que houve ilegalidade. Ele sempre foi o mais votado, portanto, não precisava comprar votos e nem lideranças políticas. É uma pessoa de origem humilde e já sofreu coisas da política. E agora escolheram ele como bode expiatório de uma investigação que ainda está em andamento. Neste caso, levanta muita suspeita de nossa parte.
PROCESSO
Emanoel Cacho prepara a defesa técnica do deputado federal Adelson Barreto dos Santos e vai entrar com um processo contra o vereador Antônio Arimatéia Rosa Filho que disse na Justiça que recebeu a grana de Adelso e que este ficou com R$ 200 mil dos R$ 300 mil que a Assembleia destinou para a Lira.
VOTO
Há uma dúvida sobre a situação de Adelson Barreto é com relação aos 131.236 votos (12.47%) que ele obteve nas eleições do ano passado, transformando-o no mais votado para a Câmara dos Deputados. Ele foi candidato pela coligação SERGIPE MEU AMOR (PP / PTB / PSL / PSC / PR / PPS / DEM / PHS / PTC / PV / PSDB / PEN / PT do B / SD). Caso ele venha a perder o mandato, resta saber se os votos deixaram de ser contabilizados. Se os votos forem mantidos para a coligação, Adelson será substituído pelo primeiro suplente e atual secretário de Estado da Segurança Pública, Mendonça Prado, DEM.
AVALIAÇÃO
O PSOL de São Cristóvão começará a discutir os rumos para as eleições municipais. Alguns acham que, agora, é a vez do partido apresentar um candidato, para tirar a “velhacap” do inferno, depois da roubalheira das licitações da merenda escolar e outras, onde a ex-prefeita Rivanda Batalha foi denunciada por exigir 10% do valor total pago pela prefeitura para cada concorrência vencida ou a empresa não teria o dinheiro. O professor Luís Alberto terá muito o que fazer, para que o PSOL participe do processo eleitoral com chances de vitória. Lutar é preciso.
SINAL
Até agora o prefeito Carlos Magno não deu sinais se disputará à reeleição ou vai indicar um candidato do seu grupo político, para dar continuidade às ações da sua administração. Magno virou figurinha difícil e, normalmente, não atende as ligações dos outrora amigos.
OPÇÃO DA FOICE
O padre Inaldo Luís da Silva (Padre Inaldo), PCdoB, é uma aposta forte para os comunistas terem um prefeito em Sergipe, a partir de 2017. Ele é liderança forte em Nossa Senhora do Socorro.
EDVALDO
O ex-prefeito de Aracaju, empresário Edvaldo Nogueira, PCdoB, não esconde de ninguém que está à disposição do seu grupo político para disputar a sucessão do prefeito João Alves Filho (DEM), a quem passou o comando da PMA. João venceu o deputado federal Valadares Filho, PSB, que era apoiado por Edvaldo Nogueira.