A Polícia Federal (PF), em conjunto com a Receita Federal, realizou uma operação contra o tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro em 15 cidades do Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Bahia e Sergipe. A operação foi batizada de Ferrari e cumpre 49 mandados judiciais. De acordo com os policiais, a organização criminosa mantinha casas em condomínios de luxo em Londrina, no norte do Paraná, e utilizava carros importados, além de embarcações de alto valor. O patrimônio da quadrilha foi avaliado pela PF em aproximadamente R$ 40 milhões.
Policiais apreenderam vários veículos de luxo durante a operação.
Do total de mandados, 20 foram de prisão preventiva, 22 de busca e apreensão e sete foram de condução coercitiva, quando a pessoa é obrigada a prestar depoimento.
Ainda conforme a PF, o nome da operação faz alusão ao estilo de vida luxuoso que os criminosos mantinham. A quadrilha lavava dinheiro de várias empresas, uma delas chama-se Ferrari.
As cidades alvo da operação são Londrina, Cambé, Arapongas, São Jerônimo da Serra e Porecatu, no Paraná. Em São Paulo – Osasco, Indaiatuba, Hortolândia, Salto, Sumaré, Araçoiaba da Serra e Campinas. Mundo Novo, em Mato Grosso do Sul, Salvador, na Bahia, e Aquidabã, em Sergipe.
Como a quadrilha agia
Segundo a Receita Federal, a organização criminosa investigada trazia os entorpecentes do Peru e da Bolívia, através da fronteira do Paraguai, para o Brasil. Após o ingresso no país, a pasta base de cocaína era transportada para os estados do Mato Grosso do Sul e do Paraná para posterior refino.
Os líderes da organização se estabeleceram nas regiões de Londrina e de Campinas e promoviam lavagem de dinheiro passando-se por empresários dos ramos de postos de combustíveis, de transporte e de revenda de veículos.
Um vendedor de carros luxuosos foi preso no município sergipano de Aquidabã e prestou depoimento na sede da PF em Aracaju.
Fonte: Globo.com
