CANSADO DE APANHAR, EDUARDO SE RECOLHE
Derrotado em duas eleições, médico e senador Eduardo Amorim, presidente do diretório estadual do PSDB de Sergipe, decidiu se recolher e não participar do segundo turno das eleições.
Eduardo Amorim aprendeu que os sergipanos não querem ele governando os destinos de Sergipe. Sem experiência administrativa maior, apenas foi secretário de Estado da Saúde, de onde saiu para ser deputado federal e depois senador, Eduardo viu nas urnas que o povo não o quer para curar os problemas do Estado e optou para manter Belivaldo Chagas e Valadares Filho no segundo turno das eleições.
É difícil avaliar se a decisão de Amorim foi a correta, posto que o povo esperava dele uma definição e tal atitude pode refletir no seu futuro político.
Parte da população não aceita que uma liderança política se acovarde diante de um desafio importante como é escolher o um governador.
Pode parecer fragilidade e uma prova de que é incapaz de enfrentar um desafio maior, como é o de governador um Estado cheio de problemas.
Eduardo poderá até ter de volta um mandato, mas será mais difícil convencer o eleitorado de que é uma pessoa pau para toda obra. Seus assessores, de repente, erraram aconselhando-o a se abster.
TUCANOS
O Diretório Estadual do PSDB de Sergipe informa que decidiu não apoiar nenhuma candidatura ao Governo do Estado de Sergipe. O PSDB Estadual também decidiu liberar os seus militantes e os seus líderes para a eleição a nacional.
ORIENTAÇÃO
“Estamos seguindo uma orientação do Diretório Nacional do nosso partido. Os nossos filiados devem votar de acordo com suas convicções pessoais e propostas dos candidatos, tanto nacionalmente, quanto no nosso Estado”, garantiu Eduardo Amorim, por meio de nota.
SEM FORÇAS
Ao seguir uma orientação nacional, Eduardo Amorim dar um tiro no pé, principalmente num país de dimensões continentais. É bom lembrar que outros candidatos tucanos, a exemplo do empresário João Dória, ex-prefeito de São Paulo e que disputa o Governo estadual, não se intimidou e tomou partido, “desrespeitando” o diretório nacional, que não orientou nenhum candidato a se abster nas eleições, liberando para que cada um faça o que entender melhor.
INCAPAZ
Para boa parte dos eleitores de Eduardo Amorim ele é incapaz de assumir uma posição firme diante de uma eleição tão importante para Sergipe, portanto, consequentemente, não em pulso para comandar o Estado.
NOTÍCIAS FALSAS
As falsas informações que estão sendo disseminadas em redes sociais, que se tornaram conhecidas como ‘fakes’ são as principais preocupações da Justiça Eleitoral. O assunto será debatido ainda esta semana em nível nacional pelos procuradores regionais eleitorais e ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A procuradora regional eleitoral em Sergipe, Eunice Dantas, participará destes debates e adiantou que haverá um posicionamento uniforme de todos que atuam na Justiça Eleitoral para combater esta prática que está contaminando o país.
APELO
A procuradora faz um apelo aos cidadãos para evitar a disseminação de informações antes buscar a veracidade dos fatos, mesmo que aquela informação venha beneficiar o candidato preferido. “Os candidatos estão sujeitos a críticas, mas tudo tem que partir de um fato verdadeiro”, alerta Eunice Dantas. “As pessoas podem opinar, mas não pode fazer isso com mentiras deslavadas, que ferem a imagem do candidato”, diz.
JUSTIÇA ELEITORAL
Eunice Dantas observa que a própria Justiça Eleitoral está sendo vítima desta versão ‘fake’. A procuradora regional eleitoral garante que nenhuma denúncia de fraude em urnas foram confirmadas e que as informações disseminadas nas redes sociais associando problemas em urnas eletrônicos foram episódios resultantes de erros cometidos pelos próprios eleitores no momento de digitar o número do candidato na urna eletrônica.
URNAS
Ela explica que nos casos revelados nas redes sociais, o voto aparece nulo quando o eleitor digita o número do candidato a presidente da república na opção destinada ao voto para governador. E, se no Estado não há candidato ao Governo com aquele número digitado, o voto aparece como nulo, esclarece a procuradora. Eunice Dantas pede que as pessoas votem com tranquilidade. Em caso de encontrar problemas ou dificuldade com a urna eletrônica, o eleitor deve procurar apoio dos mesários que estão preparados para buscar providências, orientar o eleitor e solucionar todas as questões.
SIGILO
A legislação brasileira, conforme alerta a procuradora, estabelece como critério básico o sigilo do voto. Usar celular para filmar o momento do voto também pode se configurar como crime e o eleitor sujeito a responder a processo judicial.
INVESTIGAÇÕES
A procuradora ainda não se manifestou quanto aos flagrantes produzidos pelas Polícias Federal e Civil em Sergipe. Ela solicitou a cópia de todas as investigações para analisar cada episódio, individualmente, e adotar as medidas cabíveis para punir os cabos eleitorais e candidatos que, comprovadamente, estiverem envolvidos com o crime eleitoral, seja por compra de votos ou abusos eleitorais cometidos durante o pleito.
BELIVALDO CAMINHA
O primeiro turno foi marcado pelas constantes pesquisas divulgadas pelos Valadares. De dois em dois dias uma pesquisa era divulgada, sempre com Valadares Filho em primeiro lugar e na grande maioria, Belivaldo Chagas aparecia em terceiro colocado, ficando assim fora do segundo turno.
OUTRO RESULTADO
Bastou terminar a apuração e o jogo que parecia liquidado para os Valadares, virou um pesadelo, pois além de quase ficar de fora do segundo turno, o Valadares pai ficou de fora do Senado.
DIFERENÇA
A grande diferença de votos entre Belivado Chagas e Valadares Filho fez com que uma boa parte do eleitorado duvidasse ainda mais das pesquisas divulgadas durante todo primeiro turno e os números apresentados no final da apuração já apontam que Valadares Filho não terá vida fácil.
MORNA DOS VALADARES
Este jornalista já vem avisando desde o inicio da campanha, que esse negocio de carreatas não iria funcionar, muito menos as pesquisas divulgadas fariam grande efeito em uma campanha totalmente atípica em que poucos eleitores assumiram em quem iria votar.
TESÃO
Há quem diga que a “falta de tesão” dos Valadares foi determinante para a primeira derrota nesse pleito e o fechamento de vários pontos de apoio (comitê) mostra isso. Faltam menos de 15 dias para o segundo turno e poucas ações estão sendo feitas para que haja uma virada nesse jogo, mas a derrota eminente pode fazer com que a campanha fique ainda mais fria. Se Valadares Filho quiser vencer essas eleições, fatalmente terá que tirar um coelho da cartola e surpreender Sergipe com uma virada histórica.