Quis o destino que o confronto do Grêmio nas oitavas da Libertadores, definido em sorteio no Paraguai nesta segunda-feira, fosse recheado com o peso da história e de títulos. Pelo frente, é provável que o Tricolor não tenha o adversário dos mais temidos nesta edição da Libertadores, mas também certamente não seria o confronto predileto. A equipe de Renato Portaluppi enfrentará o Estudiantes, do presidente Juan Sebastián Verón, e que já foi quatro vezes campeão da América. E ambas clubes guardam com carinho na memória a épica Batalha de La Plata, vivida em 9 de julho de 1983.
Enfrentar um time argentino nunca sinônimo de jogo fácil, mesmo que o Estudiantes tenha suado para avançar às oitavas de final, não conte com um dos elencos mais badalados do país vizinho. O lado positivo fica para a logística, em meio a maratona de jogos que se oferece ao Tricolor.
"Tem prós e contras pegar o Estudiantes. Para a logística é bom. Não é uma viagem muito longa, a torcida pode se deslocar em peso. Mas é um adversário de muita camiseta, história e tradição" (Alberto Guerra, diretor de futebol"
Os confrontos ocorrerão somente após a copa, nas semanas dos dias 8 e 29 de agosto, com o duelo decisivo na Arena. O vencedor terá pela frente quem passar pelo duelo entre Atlético Tucumán e Atlético Nacional.
Abaixo, o GloboEsporte.com conta um pouco mais do adversário e da "mística" desse duelo entre Grêmio e Estudiantes:
Como se classificou?
Dramática é uma palavra que não poderia definir a classificação do Estudiantes no Grupo F para as oitavas, no qual teve o Santos como primeiro colocado. Durante 89 minutos, o time sofreu diante do Nacional-URU e estava fora da competição – em jogo válido pela última rodada da fase de grupos.
Só que a roda do destino girou no minuto final, com uma boa dose de polêmica. Com um pênalti pra lá de duvidoso, os argentinos venceram os uruguaios por 3 a 1, em La Plata, com gol de Otero e se garantiram na fase seguinte. O Pincha precisava vencer justamente por dois gols de diferença para avançar.
Aposta no comando
No Campeonato Argentino, a campanha não foi boa. Encerrou apenas em 16º de 28 equipes, sem se qualificar para as copas internacionais de 2019. A má campanha nacional, somada com partidas irregulares na Libertadores negou na demissão de Lucas Bernardi, demitido em maio. A partir de então, Veron apostou no interino Leandro Benítez, de 37 anos, com quem dividiu a armação do time na conquista da Libertadores de 2009.
Ex-meia, Benítez ganhou força justamente com a classificação para as oitavas de final. Contra ele há a falta de experiência, já que soma poucas partidas a frente do elenco principal. Para se ter uma ideia, o jovem treinador ainda vive fase de definição da comissão técnica.
Fonte: Por Diego Guichard, Porto Alegre