Peixe pretende abater valor milionário da rescisão do técnico com o V-Varen Nagasaki, do Japão, oferecendo jogadores que estão encostados no CT Rei Pelé; veja quem são
O Santos corre para tentar resolver o impasse com o V-Varen Nagasaki, do Japão, e liberar a documentação do técnico Fábio Carille antes da estreia no Paulistão, contra o Botafogo-SP, no dia 20 de janeiro, em Ribeirão Preto. Nos bastidores, o Peixe estuda oferecer alguns de seus atletas para abater o valor da multa rescisória de R$ 7,3 milhões.
Internamente, a diretoria está preocupada com a situação. Afinal, os japoneses se sentiram traídos por Carille e deixaram claro que não abrem mão do pagamento integral da multa. O Santos afirma que, ao fechar o acordo com o treinador e seu empresário, não foi avisado da existência do entrave contratual.
Em meio a este cenário, o presidente Marcelo Teixeira enviou um representante ao Japão para negociar em nome do Santos. Embora não admita publicamente, o clube já aceita pagar parte do valor da multa e tenta envolver alguns de seus jogadores encostados no CT Rei Pelé para abater a quantia milionária. A ideia é resolver o impasse até o próximo sábado.
— Demos o limite de definirmos até sábado, que esse assunto seja resolvido de uma forma amigável, que tenha uma solução com uma boa relação entre as partes, mas o técnico Carille é profissional do Santos — disse Teixeira.
— Estamos dando apenas esse tempo, esse período, mas pretendemos registrar o mais rápido possível o seu contrato de trabalho e que ele naturalmente sairá no BID. Nós só queríamos manter, e como estamos tendo, essa relação aberta com o clube japonês para que a gente consiga chegar a um resultado bom entre os clubes — explicou o presidente ao ser questionado sobre o tema.
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Os nomes dos atletas que serão oferecidos aos japoneses são mantidos em sigilo, e o Peixe sabe que eventualmente sofrerá resistência dos jogadores e de seus empresários.
Até o momento, aqueles que não estão nos planos do Santos e que poderiam ser envolvidos na negociação são: Ivonei, Lucas Lima, Mendoza, Diógenes, Paulo Mazoti, Vinicius Balieiro, Ed Carlos, Cadu e Pedrinho Scaramussa.
Afinal, o V-Varen Nagasaki disputa a segunda divisão do futebol japonês e oferece menos visibilidade do que diversas outras equipes espalhadas pelo mundo.
Para ter Fábio Carille em campo na estreia do Paulistão, o Santos precisa ter a documentação em mãos até a véspera do jogo em Ribeirão Preto. Caso isso não aconteça, o auxiliar Marcelo Fernandes - técnico da equipe na reta final do Brasileirão do ano passado - seria o responsável por dirigir o time no estádio Santa Cruz.
Por Ana Canhedo, Bruno Guitierrez e Yago Rudá — São Paulo
