Exigência do Flamengo irrita Conmebol

flaContrariada com pleito rubro-negro para jogar no estádio seis dias antes da final da Libertadores, entidade sul-americana espera resolver o impasse em encontro no Paraguai

Uma reunião marcada para a tarde desta quinta-feira, que deveria ser protocolar entre dirigentes dos finalistas da Libertadores – Fluminense e Boca Juniors –, das suas respectivas associações nacionais de futebol (CBF e AFA) e da Conmebol ganhou importância inesperada, por causa do protagonismo de um elemento externo: o Flamengo.

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O caso ganhou outra relevância e conta até com pequena comitiva do Governo do Estado do Rio de Janeiro. Os secretários da Casa Civil, Nicola Miccione, e de Esportes e Lazer, Rafael Picciani, desembarcaram nesta manhã em Luque para o encontro.

A decisão da Libertadores está marcada para 4 de novembro, um sábado. A Conmebol gostaria de ter o estádio à sua disposição com 14 dias de antecedência – ou seja, desde 21 de outubro, este sábado. A entidade cedeu por um dia, já que no próximo domingo, 22, haverá no estádio o clássico entre Flamengo e Vasco

Mas o Flamengo também quer jogar no Maracanã contra o Red Bull Bragantino no dia 28 de outubro, domingo imediatamente anterior à final. O presidente Rodolfo Landim afirmou que "não abre mão" de atuar no estádio. A CBF defende a posição rubro-negra neste caso.

Uma nota oficial publicada no site da CBF nesta quarta-feira informava que o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, levaria à Conmebol "o pleito do Flamengo, que pede que o jogo contra o Bragantino seja realizado no estádio do Maracanã".

Tanto a exigência do Flamengo quanto a posição da CBF irritaram os dirigentes da Conmebol. A entidade considera que o jogo do Flamengo seis dias antes da final da Libertadores será extremamente prejudicial para o gramado – o que vai gerar danos tanto técnicos quanto de imagem para o espetáculo.

Embora esteja muito contrariada com a situação criada pelo Flamengo e defendida pela CBF, a Conmebol no momento não trabalha com a hipótese de mudar o estádio da final. No entanto, a entidade deixou claro aos envolvidos que não hesitará em tomar "decisões duras" caso não haja acordo para evitar a realização da partida entre Flamengo e Bragantino no Maracanã seis dias antes da final.

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Segundo o ge apurou, a postura do Fluminense no impasse tem sido de aparente neutralidade – o que também incomodou a Conmebol. Finalista da Libertadores, o Fluminense não quer brigar com o Flamengo, de quem é parceiro na administração do Maracanã.

Tampouco quer se indispor com a CBF, com quem tem ótima relação – a ponto de compartilharem o mesmo técnico, Fernando Diniz. O Fluminense, ao mesmo tempo, não quer desagradar à Conmebol, organizadora da Libertadores. Tal impasse deve ser resolvido na reunião desta quinta, com representantes de clubes, federações e do governador Cláudio Castro.

Do lado tricolor, o presidente Mário Bittencourt e o vice-presidente Mattheus Montenegro chegaram ao Paraguai nessa quarta na tentaiva de resolver o caso antes da reunião. Houve longa reunião com o presidente Alejandro Domínguez e ainda com o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, além de representantes do Governo. O Fluminense cobrou a CBF para possível troca de data do jogo ou de local do Flamengo contra o Bragantino.

Um dos argumentos mais utilizados pela Conmebol em conversas prévias a este reunião foi sobre a imagem que o futebol brasileiro deixará caso o gramado esteja em más condições. Afinal, o jogo será transmitido para o mundo inteiro e provavelmente terá a presença dos presidentes da Fifa, Gianni Infantino, e da Uefa, Aleksander Ceferin.

Por Martín Fernandez e Raphael Zarko — Rio de Janeiro

 

 

 

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