Trajetória de Wesley no Palmeiras

erasAutor do primeiro gol do Verdão contra o Grêmio lembra chegada ao clube ainda adolescente

Wesley foi contratado pelo Palmeiras em 2015. Ainda como promessa da base, viu o time conquistar a Copa do Brasil e recuperar a rotina de brigar por títulos importantes. Pouco mais de cinco anos depois, o atacante de 21 anos curte o momento como protagonista de outro título do Verdão no torneio.

Mas antes de fazer parte do elenco profissional, Wesley deu trabalho para a diretoria do Verdão. Talento promissor do Jacuipense, da Bahia, ele despertou interesse do San Lorenzo, após um torneio na Argentina. O destino, porém, foi o clube paulista.

Em São Paulo, o atacante tratou uma dismetria (diferença no comprimento das pernas). O tratamento e o uso de palmilhas nas chuteiras até deram uma dor de cabeça e custaram no bolso do atacante, que lembra com bom humor dos momentos de cobrança.

– João é um desses (risos). Ele me ajudou bastante, pegou no meu pé. Tomei várias multas. Agora está tudo em casa, vão me devolver tudo (risos) – brincou o atacante, citando João Paulo Sampaio, gerente da base do Verdão.

O chute de Wesley que abriu placar na final da Copa do Brasil — Foto: Marcos Ribolli

– No momento é chato, você não quer ninguém pegando no seu pé. Mas hoje olhando para trás sou grato a todos. Sempre que trocava de chuteira tinha de me adaptar a uma nova palmilha. É chato. Com o tempo fui entendendo que era necessário usar, e hoje consigo me adaptar mais rapidamente. O Palmeiras me dá condição para fazer o que eu mais sei desenvolver, que é jogar futebol – falou.

– Passei momentos de privações, mas minha mãe perguntou se era realmente o que eu queria. Falei que sim e hoje está dando certo, graças a Deus. Ela está em São Paulo, foi me pegar no estádio (no domingo). A alegria foi completa. Nada melhor do que dividir esse prêmio com eles. Com a minha mãe, minha tia, meu irmão, minha noiva... Todos fazem parte dessa conquista.

O desenvolvimento no elenco profissional veio em 2020. Após ser emprestado ao Vitória, o atacante foi reintegrado ao grupo e começou a chamar a atenção ainda no Torneio da Flórida, nos Estados Unidos.

Ganhou espaço com Vanderlei Luxemburgo, virou titular, mas uma lesão no joelho logo na estreia de Abel Ferreira atrapalhou a sequência no time. O sonho de ser protagonista foi adiado por alguns meses.

Wesley e Abel Ferreira, do Palmeiras — Foto: Cesar Greco / Ag. Palmeiras

Até ficar novamente à disposição, recuperado de uma lesão no joelho esquerdo, Wesley recebeu atenção e apoio de Abel Ferreira. A confiança depositada pelo treinador e sua comissão técnica ajudaram no retorno.

– Todos os dias ele ia ao departamento médico perguntar como estava, quando ia voltar. Ele procura dar a mesma importância para todos, não tratar com indiferença, que acho que isso é um dos maiores problemas que tem, quando um treinador não consegue ganhar o grupo – falou Wesley.

Titular nas finais da Copa do Brasil, Wesley abriu o placar ao marcar o primeiro gol palmeirense da vitória por 2 a 0 contra o Grêmio. E ele garante que não errou o chute.

– Eu acho que eu tinha acabado de dar um pique, estava um pouco abafado. Acho que a bola rebate, cai no Veiga, quando ele coloca a bola na frente, o Thaciano tenta fazer a falta nele. Quando eu vejo que ele não cai, eu começo a acelerar. Aí eu tento fazer o facão, mas a zaga do Grêmio fecha bem pelo meio. Consegui achar espaço por fora e bati. Muita gente mandou mensagem falando que eu errei o chute (risos). Errei nada (risos) – disse o jogador.

– É uma coisa que não dá para ter ideia. É uma dimensão tão grande que você para para ver se é isso mesmo que está acontecendo. Quando eu cheguei ao Palmeiras foi quando conquistou a Copa do Brasil. Eu vejo SporTV e até hoje passam os gols, o Dudu comemorando... Ser lembrando assim é muito gratificante – completou.

Por Felipe Zito — São Paulo 

 

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