Sucesso do guia da liga alemã para a retomada do campeonato pode mostrar um caminho para outros países. Globoesporte.com conta alguns dos detalhes do planejamento em dia de jogo
A Bundesliga recomeça neste sábado, com seis partidas, depois de mais de dois meses de paralisação. Além do sucesso das medidas do governo da Alemanha e do comportamento da população contra a pandemia do coronavírus, a retomada do campeonato só foi possível graças à definição de um planejamento detalhado para minimizar os riscos de contaminação. É a vez dos protocolos de jogo serem postos à prova.
- Nosso conceito se baseia em três pilares. O primeiro é o monitoramento das doenças infecciosas, caso da Covid-19. Todas são registradas e monitoradas durante o campeonato. O segundo pilar é ser rígido no controle de higiene e manter o distanciamento social nos treinos e partidas ao máximo. O terceiro são os testes constantes e repetitivos. Essas medidas são essenciais para diminuir ao máximo o risco dos envolvidos - disse Tim Meyer, líder da força-tarefa da Liga de Futebol Alemã (DFL), via assessoria de imprensa.
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Essa força-tarefa médica e operacional foi criada no dia 31 de março, para estabelecer um plano geral que viabilizasse o funcionamento do futebol profissional alemão durante a pandemia. O tópico central do guia é o conjunto de medidas a serem implementadas na realização dos jogos que faltam (veja abaixo). O documento da DFL serve de referência para a Bundesliga 1, a Bundesliga 2 (segunda divisão), a 3. Liga (terceira divisão), o Campeonato Feminino e a Copa da Alemanha.
Tabela do Campeonato Alemão
Alguns procedimentos importantes para a primeira rodada da volta da Bundesliga em meio à pandemia de Covid-19:
Os times devem chegar em vários transportes, com um mínimo de 1,5m de distância entre os jogadores.
O uso do vestiário deve respeitar a regra de 1,5m de distância mínima, escalonando a utilização entre titulares e reservas. Tempo máximo de permanência de 30 minutos, sempre com máscaras.
Entrada no gramado sem crianças acompanhando, cerimônia de abertura, aperto de mão e último papo no campo.
No banco de reservas, jogadores devem se sentar com um banco vazio entre um e outro, para garantir o mínimo de distância de 1,5m.
Não haverá sala de imprensa ou zona mista. A entrevista coletiva será por ligação de vídeo à distância.
Todos no estádio, menos jogadores e árbitro de campo, devem usar máscaras, incluindo os treinadores e os reservas no banco.
Bolas precisam ser desinfetadas antes e durante o jogo.
O objetivo não é “garantir 100% de segurança a todos os participantes”, porque isso é considerado impossível. A ideia é sustentar um risco clinicamente justificável, levando em consideração a relevância do futebol em termos sociais, políticos e econômicos. Além disso, sem criar uma competição por recursos de prevenção com o resto da população.
Fonte: Por Allan Caldas e Rodrigo Lois — Rio de Janeiro