Fã de Van Dijk, Sergio Ramos e Dedé, garoto de 17 anos e 1,90m de altura se inspira em Leandro Castan dentro do clube de São Januário e apresenta suas características
De pai para filho, Pimentel aposta em Eric: "Vai ser muito maior do que eu no Vasco"
Pimentel foi sobrenome que virou nome de destaque dentro do Vasco nos anos 90. Disposição, velocidade e fôlego para atacar fizeram o lateral-direito tricampeão estadual entre 92 e 94 ganhar muito respeito da torcida vascaína. E a família pode voltar aos holofotes num futuro não muito distante. Eric Pimentel, zagueiro de 1,90m e capitão da equipe sub-17, vem aí.
Com a garantia de que seu olhar é imparcial quando o convidam a analisar o futebol de Eric, o ex-lateral de 47 anos mostra entusiasmo com os próximos passos da carreira do filho.
- É um jogador que os colegas ficam olhando muito e querendo saber o que ele vai fazer para poder copiar. Dentro e fora de campo ele é muito visado por essa questão de liderança. Por isso e pelo futebol, eu acredito que ele dentro do Vasco vai ser muito maior do que eu ainda - afirmou Pimentel, que defendeu a Cruz de Malta profissionalmente entre 1991 e 1997.
Fã de Van Dijk, do Liverpool, Sergio Ramos, do Real Madrid, e Dedé, do Cruzeiro, o garoto de 17 anos e 1,90m de altura revela que Leandro Castan é sua inspiração dentro do clube de São Januário e apresenta suas características à torcida cruz-maltina.
- Uma coisa muito boa que vejo em mim é que consigo igualar técnica, entrega e liderança, que são coisas muito importantes para um zagueiro. Também busco controlar o meu lado emocional. De vez em quando vou lá para o ataque e subo para fazer uns gols, o que é muito importante para a minha equipe - afirmou Eric, que chegou à Colina no fim de 2015 e soma dois títulos de Taça Guanabara e cerca de 20 gols, segundo as contas do próprio.
Confira o papo com (Marcelo Luís) Pimentel e Eric Pimentel:
Perguntas para Pimentel
Quando você reparou que seu filho levava jeito para o futebol?
Já na barriga da mãe ele já dava uns chutes. Tem o irmão dele mais velho e a irmã mais velha, mas ele era o que dava mais chutes. Depois fez 2, 3 anos já começou a bater na bola. A gente já via que tinha essa questão de ser jogador de futebol mais presente.
O fato de ele ser zagueiro não te preocupa? Zagueiro sofre bem mais que um lateral (risos)...
Não me preocupa porque eu também comecei como zagueiro. Devido à minha altura, o professor da época me colocou como lateral-direito. Mas a posição de zagueiro também é bonita, e ele tem uma altura boa, uma boa postura, velocidade e técnica. Então tem tudo para dar certo no futebol e na vida.
Acha que ele pode ter o mesmo sucesso que você teve no Vasco?
Não só acho, independentemente de ser pai. Com olhos de profissional, eu vejo que ele pode ir até mais adiante porque ele tem uma fibra muito forte. Ele tem uma liderança muito grande, vai fazer cinco anos de Vasco e em todas as categorias ele é capitão.
É um jogador que os colegas ficam olhando muito e querendo saber o que ele vai fazer para poder copiar. Dentro e fora de campo ele é muito visado por essa questão de liderança. Por isso e pelo futebol, eu acredito que ele dentro do Vasco vai ser muito maior do que eu ainda.
Que histórias mais legais do seu tempo de jogador no Vasco você conta para o Eric?
Ele está vivendo tudo o que eu vivi no Vasco. Cheguei no mirim, passei por todas as categorias, e as melhores histórias são sempre as que terminam com êxito. Na minha época, os que conseguiram chegar foram Carlos Germano, Valdir, Leandro Ávilla, Tinho, Alex Pinho, o Vítor, o Pedro Renato, Hernandes, Gian, Yan, Jardel...
Ser campeão no profissional com uma galera que vem de baixo não tem preço. Você honrar a camisa que você suou desde pequeno e ser campeão é algo fora do comum. Falo para ele: "Honra essa camisa, porque ela é gloriosa e tem muito ainda para te dar".
Qual jogo e qual título são os mais importantes no seu coração com a camisa do Vasco?
O jogo mais importante foi um Vasco x Botafogo (em 1991). Ainda era júnior. Se não me engano, o Luiz Carlos Winck se machucou ou teve algum problema de cartão e o reserva também estava com um problema. Então fui solicitado para jogar. Empatamos em 3 a 3, foi aquela alegria total apesar de eu ter saído no intervalo. Eu tinha uma expectativa muito grande de pisar no Maracanã e fazer meu primeiro jogo.
Uma história marcante também foi em 1993, quando o Vasco se sagrou bicampeão estadual. O Bismarck perdeu um pênalti no primeiro tempo, e, no intervalo, eu só ouvi o Bismarck falar que a gente ia perder.
Éramos moleques, a maioria da galera que foi campeã da Copa São Paulo de Futebol Júnior. Então fiquei com aquilo na mente, mas tinha o Torres, o Carlos Alberto Dias e o Geovani. Eles seguraram, falaram que não, Bismarck se acalmou, e nós conseguimos ser campeões (com empate por 0 a 0 com o Fluminense).
Fonte: Por Fred Gomes — Rio de Janeiro