Com a queda da ponte que segurava a os canos por onde passa a água para abastecer a cidade de Aracaju e mais três municípios sergipanos, no último sábado, 9, por falta de manutenção, os moradores destas cidades ficaram sem água e a Companhia de Abastecimento de Sergipe (Deso), não tem como atender a demanda por meio do rodizio. Por conta disso, gera um desespero na comunidade. A água não chega às torneiras e o povo não tem o que fazer.
Moradores dizem que o Governo de Sergipe foi omisso na manutenção da ponte e consequentemente é o maior culpado pela tragédia. Também a população culpa o Crea por não ter feito uma vistoria antes. Uma ponte que tinha em média de 80 anos.
“Não adianta o governador visitar as obras e ser negligente com o caso”, observam os moradores. As famílias mais atingidas com a falta d´água é a periferia que, segundo a Deso, a tubulação que rompeu, fornecia 100% da água para estes locais mais afastados da cidade. A exemplo do Marcos Freire, João Alves, 18 do Forte, Bugiu, Lamarão entre outros.
Contudo, dirigentes da Deso dizem que até sexta-feira o problema será resolvido e o abastecimento da água volta ao normal. Depois dessa tragédia, os governantes prometem terem mais um cuidado com a ponte. “Brasileiro só fecha a porta depois de roubado”, atesta um morador que reclama da falta do liquido.
Poço – Moradores do Conjunto Marcos Freire e adjacência estão se valendo deum poço artesiano, particular, que fornece água para a população. O reservatório pertence a um comerciante que não mede esforço para tender aos seus irmãos necessitados.
Por outro lado, quem está ganhando com a falta d´água são os revendedores de água mineral. Um comerciante contou que durante três dias faturou em média de R$ 200 mil. Ele, que não quis se identificar, contou que a maioria das cidades atingidas pela seca, sua empresa fornece o liquido e, depois da tragédia, teve que triplicar seu estoque. “Chego até levar água as cidades vizinhas e além-fronteira”, esclarece.
Raimundo Feitosa
