Mais de 150 servidores públicos do município de Canindé do São Francisco ocuparam as Secretarias de Educação, de Administração, o gabinete do prefeito e no momento ocupam a Secretaria de Finanças do município. Para fazer valer os direitos dos trabalhadores, o SINDISERVE CANINDÉ, filiado à Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE), construiu uma paralisação de quatro dias, marcados por luta e protesto nos dias 2, 3, 4 e 5 de maio.
Conforme a Lei Municipal 121/2016, os servidores do município têm direito a reajuste salarial no mês de fevereiro e há 30 dias a Prefeitura não se manifesta sobre a proposta aprovada em assembleia geral pelos trabalhadores do município.
Além da ocupação das Secretarias, ainda na manhã desta quarta-feira, o movimento sindical protestou em frente à Câmara de Vereadores e ao Ministério Público.
A atividade de luta intensa já gerou resultado. O representante do Ministério Público no município enviou um documento à Administração Municipal estabelecendo o prazo de 48 horas para que a gestão se manifeste a respeito da proposta dos trabalhadores.
Dirigente do SINDISERVE CANIDÉ e da FETAM/CUT, Emanoel do Aleixo observou que a vitória da mobilização vai beneficiar todos os servidores. “Se a intervenção do Ministério Público não resolver, decretaremos greve. Temos disposição de sobra. Nossa luta está só começando”.
Desde a terça-feira, os servidores cruzaram os braços contra o desvio de função, sobrecarga de trabalhadores, pelo cumprimento da data-base da categoria, que é fevereiro; pelo pagamento do adicional de interiorização; pela redução da carga horária, por um novo cronograma de pagamento das férias e pelo pagamento do retroativo de titulação. Condições de Trabalho, material de limpeza e Equipamento de Proteção Individual (EPI) também estão na pauta. O SINDISERVE CANINDÉ cobra a implementação da Lei de Acesso à Informação no município e que a Gestão Municipal disponibilize a Folha de Pagamento.
Por: Iracema Corso
