Sem nenhum projeto ou lei que barre a livre atuação do aplicativo de chamadas a motoristas particulares – o Uber – o Sindicato dos Taxistas de Sergipe (Sintaxe) quer agora que o aplicativo seja regulamentado e restrito apenas para os profissionais taxistas. Para isso, os sindicatos que representam os taxistas, em caráter nacional, têm procurado apoio em parlamentares para votar no Congresso Nacional o Projeto de Lei que regulamente o serviço.
No último dia 8, segundo o Sintaxe de Sergipe, mais de cinco mil taxistas de todos os estados foram até o Congresso Nacional para cobrar a votação do PL 5587/2016, que trata do transporte individual remunerado e do transporte motorizado privado. Mas de acordo com Gerson Ferreira, vice-presidente do Sintax em Sergipe, o projeto saiu de pauta e só deve ser discutido nas próximas semanas. “De Sergipe nós enviamos representantes, mas acabou que não houve votação. Nós estamos dialogando com os deputados federais de Sergipe para ganhar apoio. No dia 23 vamos reunir as comissões dos sindicatos de vários estados e entre os dias 6 e 7 de dezembro esperamos que o requerimento seja votado em Congresso”, explicou o sindicalista.
Em Sergipe, os meios sociais do aplicativo Uber têm divulgado o período de cadastro para motoristas que pretendem atuar na Grande Aracaju. Em território nacional, o Uber se destacou pelos preços mais baixos nas corridas e pelas opções de compartilhamento do veículo com outros clientes. Em vários estados foram registrados também conflitos entre taxistas e motoristas de Uber.
Para Gerson Ferreira, a atuação livre do Uber significará na falência da classe dos taxistas. “Onde o Uber está atuando, se percebe que os taxistas estão indo à falência. Não se pode extinguir os taxistas, que são os profissionais capazes para o tipo de profissão. Nós entendemos o Uber como clandestino, já que qualquer um com veículo pode se cadastrar e começar a rodar”, afirma. “A intenção é que regulamente o Uber e que os taxistas venham a trabalhar com ele”, completou.
Fonte: Infonet