Secretaria divulga 1º LIRAa de 2016

liraNa manhã desta terça-feira, 2, no auditório do Centro Administrativo Prefeito Aloísio Campos (Prefeitura de Aracaju), a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) divulgou o 1º Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti (LIRAa) de 2016. O anúncio foi feito pela diretora de Vigilância em Saúde, Tereza Cristina Maynard e, segundo os dados apresentados, o índice de infestação na capital foi de 1,2, valor considerado "médio risco" ou "alerta". Comparado ao último LIRAa de 2015, do mês de novembro e dezembro, que o índice de infestação geral foi de 1,6, houve uma queda significativa de 25%. Porém, os cuidados precisam ser redobrados, uma vez que durante esses períodos de chuvas, a proliferação do mosquito é mais recorrente e preocupante.

Mesmo o atual LIRAa mostrando queda deste valor, a coordenadora do Programa de Controle da Dengue, Zika e Chikungunya de Aracaju, Taíse Cavalcante, enfatizou a importância da população manter o combate aos focos do Aedes aegypti. "Apesar dessa queda do índice geral, o que conseguimos avaliar é que tivemos um aumento em relação ao local de maiores criadouros do mosquito. Em Aracaju, o maior problema de criadouros continua sendo as lavanderias, que antes estavam com 83,1% dos focos e, nesse novo levantamento, houve uma queda, passando para 67,5%. Porém, por consequência das condições climáticas causadas pelas chuvas, nós tivemos um aumento nos pequenos depósitos, que no último LIRAa estava com 14,7% e agora subiu para 29,9%, que são locais onde a responsabilidade maior é do morador. Encontramos focos em bebedouros dentro das casas, pratos de vasos de plantas, cascas de cocos, garrafas e, por conta dessas chuvas, encontramos muitos ralos com focos do mosquito", explicou.

A pesquisa declarou que dos 42 bairros de Aracaju, 20 apresentaram baixo risco (satisfatório), 22 bairros mostraram médio risco (alerta) e nenhum bairro com a classificação de risco de epidemias (considerado estágio grave). Entre os bairros com médio risco (alerta) que tiveram infestação acima de 3,0 estão: Suíssa (3,3), Pereira Lobo (3,3), Getúlio Vargas (3,3), Treze de Julho (3,3) e Atalaia (3,2).

Outro destaque é que alguns bairros que antes não tinham a característica de encontrar índice de infestação elevado, apresentaram essa característica por conta de focos encontrados nos ralos, que foram os bairros Jardins e Treze de Julho.

De acordo com a diretora de Vigilância em Saúde de Aracaju, Tereza Cristina Maynard, o LIRAa é uma ferramenta que serve como um norteador das ações de controle do Aedes aegypti e é realizado a cada dois meses. "Ainda é importante a participação da população, que precisa se envolver, pois estamos num momento de vulnerabilidade. Até o mês de abril, essa condição climática com chuvas é favorável para a proliferação do mosquito e é importante que a população se engaje nessa luta. Estamos também num momento de situação de Emergência Internacional em Saúde Pública e agora no carnaval, é essencial que a população antes de viajar dê uma olhadinha na sua casa, no seu quintal, evitando deixar recipientes que acumulem água, pois é nesse período que você está curtindo o carnaval que a larva pode se desenvolver e virar mosquito adulto", destacou.

Febre Chikungunya

Com relação às três doenças transmitidas pelo mosquito, os dados divulgados mostram que a Febre Chikungunya teve o maior número de confirmações em 2016. Até o dia 1º de fevereiro, foram notificados 75 casos de Chikungunya, sendo que 39 foram confirmados. Já a Dengue foram registradas 98 notificações, mas nenhuma foi confirmada. A preocupação é com o Zika Vírus, que dos 68 casos notificados, 13 são de gestantes, mas até o momento, nenhum destes foram confirmados.

Combate ao Aedes aegypti

A SMS vem realizando trabalho constante, de segunda a sábado (Força Tarefa de final de semana), para manter o índice de infestação do Aedes aegypti baixo. Dentre as principais ações estão: monitorar pontos estratégicos a cada 15 dias; intensificar a coleta de pneus nos bairros; realizar bloqueio de casos: fumacê costal até 300 metros do caso suspeito; trabalhar aos sábados com 133 profissionais (agentes de endemias, agentes comunitários de saúde e Exército) na intensificação das ações de campo; borrifar com inseticidas pontos estratégicos: ferros velhos, borracharias; visitar 100% dos imóveis de cada bairro; mutirões de limpeza urbana e reforço da coleta de lixo em parceria com a Emsurb e aplicação de larvicidas e inseticidas.

A coordenadora de Vigilância Epidemiológica de Aracaju, Raulinna Gomes, ressalta que apesar das Forças Tarefas aos sábados se concentraram cada semana em um bairro, o trabalho dos agentes de Endemias acontecem normalmente durante toda a semana em todos os bairros da capital. "As forças tarefas são apenas intensificações que realizamos nos bairros com maiores índices, mas a ação de combate ao mosquito acontece em todos os bairros", finalizou.

Assessoria de comunicação

 

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