Cinco anos em menos de cinco meses. Essa é uma estimativa de quanto tempo o segmento de educação a distância acelerou com a pandemia pelo novo coronavírus. Os números são mais expressivos quando pensamos que mais de de 1,5 bilhões de estudantes foram impactados por instituições de ensino fechadas e 188 países com suspensão em nível nacional, segundo dados da Unesco, em 2020.
Que a pandemia da Covid-19 terá impactos significativos e ainda não completamente dimensionados sobre a sociedade, todos nós já sabemos. E as mudanças serão em todos os setores da sociedade. A transformação digital virou uma realidade.
A autorização concedida pelo Ministério da Educação para a utilização de meios e tecnologias digitais para a substituição temporária das aulas presenciais em instituições de ensino superior (IES) fez muito mais do que conseguir manter o calendário acadêmico. Ajudou a desmistificar o ensino a distância, criando confiança nos estudantes e trazendo para as instituições novas possibilidades. Aprender, em qualquer lugar e a qualquer hora, a variedade de cursos e tantos outros pontos viraram sinônimo de facilidade e realidade para muitos.
Em 2006, o número de matrículas no ensino a distância não ultrapassava 200 mil. Em 2016, dez anos depois, esse número era de 1,4 milhão de estudantes. Esse crescimento tem inúmeras justificativas: jovens adotando dupla jornada de trabalho e estudos; aumento das carreiras ligadas à Tecnologia da Informação e Marketing Digital; maior número de empreendedores no País, entre outros.
Entretanto, apesar de esperada, tal transformação na educação traz desafios. Estudar em casa exige foco, organização e disciplina e os estudantes brasileiros ainda não estão 100% habituados a isso. Com a pandemia, já há mais alunos matriculados no ensino a distância do que nos presenciais. Isso significa que, além da formação acadêmica, prepararemos profissionais com habilidades e competências úteis para toda a vida: com mais autonomia, disciplina, otimização de tempo, competência de leitura e interpretação, atento às metas e prazos, analíticos e etc.
A verdade é que o ensino e a aprendizagem mudaram e não será possível voltar atrás. O ensino híbrido não é a única forma de vivenciar a tecnologia na educação e isso não significa que o ensino presencial acabou. Ao contrário. O ensino híbrido, remoto e a distância tornaram-se realidade. Significam novas possibilidades, mais inclusão e mais mão de obra qualificada para um país que anseia tanto por profissionais capacitados.
*Jânyo Diniz é Presidente do grupo Ser Educacional e Doutor em Administração pela UNAMA – Universidade da Amazônia
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Por Jânyo Diniz