Exposição resgata tradição nordestina

cordeellUma noite de poesia com a presença de grandes nomes da arte nordestina levou alegria, conhecimento e cultura à Faculdade UNINASSAU Aracaju. A quarta-feira (14) foi repleta de boa leitura, música e um bate papo descontraído com o cordelista Chiquinho Além-Mar, na Exposição de Cordéis e Cordelistas da faculdade. O evento foi realizado pela professora Niraildes Prado, coordenadora de Pedagogia da instituição.

O diretor da unidade, Yuri Neiman, ressaltou “que é de grande importância incentivar a cultura na universidade, oferecendo aos alunos conhecimento e aprendizado”.

Niraildes explicou que o cordel foi considerado patrimônio histórico no dia 19 de setembro desse ano e, em alusão ao fato, a UNINASSAU realizou o encontro com o objetivo de divulgar a cultura do cordel entre os alunos. Na mesma noite, houve exposição de Xilogravura - pequenos filmes que mostraram a importância do cordel na cultura nordestina e na tradição brasileira. “É muito importante levarmos aos alunos novos conhecimentos e profundarmos a cultura nordestina, com a presença de artistas de peso como Chiquinho”, disse a professora.

 Chiquinho Além-Mar, que também participou um momento de autógrafos e fotos com os participantes, destacou que o cordel expressa todo um contexto social e político do país. “O cordel expressa o que sente não só o nordestino, mas o brasileiro de uma forma geral. É uma linguagem especial, descontraída e, ao mesmo tempo, séria que retrata a realidade de um povo, de um estado, de um país”, disse Chiquinho.

Entenda

O Cordel são folhetos contendo poemas populares, expostos para venda pendurados em cordas ou cordéis, o que deu origem ao nome. Os poemas de cordel são escritos em forma de rima e alguns são ilustrados. Os autores, ou cordelistas, recitam esses versos de forma melodiosa e cadenciada, acompanhados de viola, como também fazem leituras ou declamações muito empolgadas e animadas para conquistar os possíveis compradores.

 O Cordel faz também a divulgação da arte, das tradições populares e dos autores locais e é de inestimável importância na manutenção das identidades locais e das tradições literárias regionais, contribuindo para a perpetuação do folclore brasileiro. No Brasil, a literatura de cordel é encontrada no Nordeste, principalmente nos estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará.

Ela costumava ser vendida em mercados e feiras pelos próprios autores. Hoje, também se encontra em outros estados, como Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo, e são vendidos em feiras culturais, casas de cultura, livrarias e nas apresentações dos cordelistas.

Suzy Guimarães

 

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