O vereador de Aracaju, Adriano Oliveira (PSDB), o “Adriano Taxista”, ocupou a tribuna da Câmara Municipal, na manhã de ontem (2), para denunciar que empresas do transporte coletivo da Grande Aracaju estão demitindo os profissionais rodoviários que participaram do ato de protesto contra a violência e assaltos a ônibus no último dia 14, quando o serviço foi suspenso na capital. O tucano cobrou ações das autoridades, mas também culpou a omissão do Sinttra, sindicato dos rodoviários, por tantos descasos com os trabalhadores.
Ao iniciar seu pronunciamento, Adriano focou no assassinato do cobrador de ônibus, David Jonhatan, durante um assalto a ônibus, na linha Bugio/Atalaia, na região do Jardim Centenário, no dia 13 de Julho. “Lamentavelmente a violência assola nossas cidades. Em todo Estados vivemos assustados com tantos crimes. E os rodoviários estão desesperados, sem segurança, sem saber o que fazer. Infelizmente perdemos o cobrador David e não podemos simplesmente aceitar este tipo de situação”.
Em seguida, o vereador acha que é preciso se cobrar mais dos órgãos responsáveis pela SSP e dos representantes no Congresso Nacional no sentido que se mude a legislação. “A violência está passando dos limites e os trabalhadores lutam muito para conquistarem um bem e vem o bandido, rouba, mata, é preso e logo está solto. Tem que ter mais rigor!”.
Adriano Taxista lamentou a omissão do Sinttra quanto a defesa dos interesses dos rodoviários. “Infelizmente a categoria está carente de representação. O Sinttra é um sindicato pelego que em 20 anos nunca fez uma eleição aberta com a inscrição de chapas. É tudo feito na calada da noite! São mais de 3,5 mil rodoviários e uma entidade que só serve para arrecadar o imposto sindical (R$ 300 mil o montante dos últimos anos) e não tem um carro de som para servir aos interesses da categoria”.
Por fim, o vereador denunciou que as empresas do transporte coletivo estão demitindo os trabalhadores que participaram das manifestações contra a violência, mês passado. “Os trabalhadores não aguentam tanta violência. Após a morte de David, eles foram as ruas para protestar. A empresa Atalaia Transportes está demitindo alguns profissionais que participaram daquele protesto. A empresa Tropical deu justa causa num rodoviário que concedeu entrevistas naquele dia. E isso tudo ocorre sem que o sindicato se pronuncie. O Ministério do Trabalho precisa fazer uma intervenção neste sindicato e exigir a prestação de contas. O desgaste é tão grande que quando o vice-presidente foi conceder a entrevista, os trabalhadores ficaram de costas em repúdio. Não representam ninguém”
(Fonte: ne últimas)