Moradores fazem protesto e acusam policial de crime

Categoria: Notícias Destaque Escrito por terezinha

Moradores do bairro Coqueiral bloquearam a avenida Euclides Figueiredo no início da noite desta segunda-feira, 25, para protestar contra a morte de Jackson Antonio da Silva, de 27 anos, alvejado com vários tiros na noite do domingo. Familiares da vítima, pessoas que se intitulam testemunhas do crime e o restante dos manifestantes alegam que os tiros foram efetuados por um policial.

O congestionamentoo se alastrou ao longo da avenida e a polícia militar mobilizou mais de dez viaturas para conter os ânimos dos manifestantes e liberar o fluxo de veículos. Bastante hostis contra a presença do efetivo policial, os manifestantes a todo momento tentavam bloquear novamente a avenida, mas eram impedidos pelos PMs, que chegaram a utilizar spray de pimenta para conter esses avanços.

O pai de Jackson, o Sr. Gerson Antonio da Silva, acredita que o filho foi assassinado por um policial e aproveitou para pedir justiça. “Meu filho era trabalhador, ajudante de pedreiro. Foi assassinado covardemente por um policial, e nós queremos que ele pague por isso”, afirmou.

Revoltada, a irmã de Jackson era uma das mais exaltadas da manifestação. Ela segue a linha de crença do pai, que aponta um policial como responsável pelo crime, e dá mais detalhes do possível ocorrido. “Ele foi abastecer a moto com um amigo por volta das 20h. Depois soubemos que ele foi ameaçado por um policial próximo a ponte, e um pouco depois deu oito tiros no rosto do meu irmão. O outro rapaz também ia morrer, mas para se salvar, pulou da ponte”, contou Ana Gardênia.

A Secretaria de Segurança Pública de Sergipe (SSP/SE), através da sua assessoria de comunicação, confirmou que tem conhecimento de um homicídio na região durante a noite do domingo. Segundo informações do órgão, a delegada da 4ª divisão do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) esteve no local do crime ontem mesmo e constatou as características de execução, mas não pode afirmar a autoria do crime porque as investigações estão em andamento. A SSP acrescentou ainda que o inquérito foi instaurado e testemunhas já foram ouvidas hoje, entre elas, o rapaz que se jogou da ponte no Rio do Sal. A expectativa é que o inquérito aponte a autoria do crime e esclareça se as acusações dos moradores têm ou não fundamento.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte:Infonet