O pedreiro Jackson Antonio da Silva, 26, foi assassinado por tiros na noite deste domingo, 24, no Marcos Freire, em Nossa Senhora do Socorro. O crime ocorreu por volta das 20h na ponte daquele núcleo habitacional e o acusado teria se identificado como um suposto sargento da Polícia Militar, segundo familiares que não querem ser identificados.
Conforme os familiares, Jackson estava em uma motocicleta na companhia de um vizinho, que é pintor de parede, e estaria abastecendo o veículo em um posto de combustível. A família relata que os dois foram abordados pelo suposto sargento da PM, que constatou que eles estavam sem habilitação, e ainda espancou a vítima no próprio posto de combustível. “O sargento chamou o Getam, a moto ficou apreendida e ele liberou os dois”, conta um rapaz, irmão de Jackson, que terá identidade preservada.
Ele revela que os dois, depois de liberados, seguiram a pé, mas quando alcançaram a ponte observaram que estavam sendo seguidos pelo mesmo veículo que os abordaram no posto de combustível, que seria um Voyage, que, conforme a família, não apresentava identificação da frota da PM. “Meu irmão levantou os braços e ele [o acusado] já foi atirando”, contra o rapaz. “Meu marido só não morreu também porque pulou a ponte e saiu correndo, mesmo assim ele atirava de lá de cima, mas graças a Deus nenhum tiro pegou nele”, diz a esposa do pintor que estava com Jackson.
O comando da Polícia Militar desconhece esta ocorrência. O tenente-coronel Paulo César Paiva, chefe da PM5 [setor responsável pela comunicação social da corporação], classificou como “gravíssima” a denúncia e orientou a família a oficializá-la na Ouvidoria da Polícia Militar, que funciona em anexo ao Quartel Central, na rua Itabaiana. “Para que possamos tomar as providências que o caso requer”, ressaltou o tenente-coronel.
Fonte:Infonet