O derrame de óleo que atingiu a Praia de Pirambu nesta quarta-feira, 17, também chegou à reserva Santa Isabel, área vinculada ao Instituto Chico Mendes e que serve como base do projeto Tamar.
O chefe da divisão técnica do Ibama, Romeu Boto, revela que a mancha de óleo atingiu uma área de 30 km, dos quais 12 km foram atingidos de maneira mais efetiva, incluindo a região onde localizada a reserva ambiental.
Ainda de acordo com Boto, boa parte da área já está limpa, porém os impactos à vida das tartarugas marinhas que desovam na região ainda não puderam ser avaliados. Equipes do Tamar analisarão a situação.
“As manchas de óleo foram avistadas pela manhã, mas ainda não dá para dizer se houve impacto efetivo às tartarugas marinhas porque elas só desovam no período noturno. A maior parte da área já está limpa, mas só amanhã vamos notar se houve prejuízos à vida das tartarugas”, detalha.
Causas
Conforme já anunciado, Romeu Boto explica que inicialmente o fato não está ligado à nenhuma plataforma de Petrobras, mas possivelmente a um derrame feito por algum navio que passou pela região.
“Num primeiro momento, trata-se de uma mancha órfã. Não há registro de anomalia no sistema de produção da Petrobras. Então, não há ligação direta com a produção de petróleo da estatal. Pode ter sido o resultado de alguma lavagem de tanque de navio ou algo parecido”, detalha.
Investigação
Assim como o Ibama, a Petrobras também colheu amostras de óleo para garantir oficialmente que o produto não é oriundo de nenhuma das plataformas instaladas nas empresas da Sergipe e Alagoas.
A Marinha também esteve no local, colheu o produto, e já informou ao Ibama o rastreamento de dois navios que circularão naquela região entre os dias 13 e 16.
A partir de agora, com informaçõe da Marinha, o Ibama atuará para identificar a origem dos navios e investigar a responsabilidade pelo derrame de óleo no litoral sergipano. A Prefeitura de Pirambu já anunciou que vai processar os responsáveis pelo fato.
A Petrobras informa que não há nenhuma anormalidade em suas unidades de produção em Sergipe. Ao tomar conhecimento da existência de uma mancha de óleo de origem desconhecida, através do Programa de Monitoramento de Praias, a companhia adotou o procedimento padrão, independente dos responsáveis ou das causas, de realizar avaliação da área afetada e iniciar a limpeza do local.
Fonte:Infonet