Microcefalia: é possível prevenir

Categoria: Notícias Destaque Escrito por terezinha

microcefaliaO aumento dos casos de microcefalia, sobretudo sua relação com o Zika vírus, tem gerado preocupação para as famílias, bem como, fez aumentar o número de pais que procuram ajuda e dicas de cuidados para portadores da doença. O fato de a Zika ser uma doença cuja aquisição é de difícil controle causa medo, mas alguns cuidados podem ajudar na prevenção da doença.

A microcefalia é, primariamente, uma doença de origem genética, encontrada em algumas síndromes. Este primeiro é o tipo mais comum da doença. As causas secundárias de microcefalia são as doenças infecciosas durante o período de gestação, como rubéola, citomegalovírus, toxoplasmose e outras. A ingesta de álcool ou substâncias químicas pela gestante, principalmente, no primeiro trimestre da gravidez, também pode impedir a formação adequada do sistema nervoso, ocasionando a doença.

A Microcefalia é diagnosticada quando a criança tem o diâmetro craniano inferior à média para sua idade e sexo. Considerando uma margem de tolerância, chamada desvio padrão do perímetro cefálico. “O perímetro é diminuído por causa da redução do volume do cérebro. Suspeita-se que há microcefalia quando existe um perímetro cefálico baixo ao nascimento ou quando, no primeiro ano de vida, não há o desenvolvimento compatível com a idade. Com desproporção do crânio com a face e também fechamento precoce das fontanelas (conhecidas como moleiras)”, explica a neuropediatra do Hapvida Saúde Margarida de Pontes.

De acordo com a neuropediatra, a microcefalia pode acarretar retardo no desenvolvimento, atraso intelectual, convulsões e alterações comportamentais. “O tratamento varia de acordo com a manifestação clínica. Como, por exemplo, tratar as convulsões, fazer fisioterapia e outros tratamentos de suporte, para o atraso do desenvolvimento neuropsicomotor”, diz a especialista.

Prevenção:

Margarida Pontes orienta que a melhor forma de prevenção e a realização do pré-natal, se possível, com exames anteriores e orientações específicas, como o calendário de vacinas.  A gestante deve evitar ingestão de álcool, medicação sem orientação médica usa de fumo e exposição a fatores como radiação.

Embora ainda não tenha sido comprovada a relação entre Zika e microcefalia, Pontes aconselha as gestantes a adotarem as medidas preventivas.  “As gestantes devem evitar exposição, usar roupas compridas, telas e repelentes naturais."

Dados:

De acordo com dados do Ministério da Saúde, o número de casos de microcefalia saltou de 147, em 2014, para 1.761, em 2015. 804 destes, em Pernambuco. Sergipe registrou 156 casos, de acordo com último balanço da Secretaria Municipal de Saúde. Segundo o secretário, José Sobral verifica-se um aumento em torno de dez a 15 de novos casos semanalmente de microcefalia em Sergipe.

 

 

Da Ascom/HapVida