Mudanças no calendário contra o HPV e Hepatite B

Categoria: Notícias Destaque Escrito por terezinha

O Ministério da Saúde anunciou que, a partir de segunda feira (04), ocorrerão algumas mudanças no calendário de vacinação. Tais mudanças incluem duas Infecções Sexualmente Transmissíveis: o HPV e a Hepatite B.

Essas mudanças são rotineiras. O Calendário Nacional de Vacinação tem mudanças periódicas em função de diferentes contextos. Sempre que temos uma mudança na situação epidemiológica, mudanças nas indicações das vacinas ou incorporação de novas vacinas, são realizadas modificações no calendário.

Um das principias mudanças é na vacina papiloma vírus humano (HPV). O esquema vacinal passa para duas doses, sendo que a menina deve receber a segunda  seis meses após a primeira, deixando de ser necessária a administração da terceira dose.

A vacina contra o HPV aplicada no Brasil é a quadrivalente, recomendada pela Organização Mundial da Saúde, com eficácia de 98%, protegendo o indivíduo dos tipos 6, 11, 16 e 18 da doença.

Apesar de haver mais de uma centena de tipos de HPV, a maioria das infecções é causada por quatro variantes. As 16 e 18 (consideradas de alto risco) são responsáveis por 70% dos casos de câncer de colo de útero. Já os tipos 6 e 11, respondem por 90% das verrugas genitais (de baixo risco).

É importante lembrar que  a vacina contra o HPV não substitui a necessidade de exames ginecológicos preventivos  ( o exame denominado Papanicolau)  e o uso de camisinha durante a relação sexual.

A outra novidade no Calendário de Vacinação será a ampliação da oferta da vacina contra a Hepatite B. Uma das principais formas de transmissão da Hepatite B é através das relações sexuais sem o uso do preservativo. A vacina era indicada até a faixa etária de 49 anos. Como  a expectativa   e a qualidade  de vida  da população   vem  aumentando,  os idosos representam   uma parcela  crescente  da população,  e com frequência  de atividade sexual em ascensão,  com  grande  resistência  ao uso de estratégias  de proteção,  Com  isso, aumenta 0 risco de contrair  infecções  sexualmente  transmissíveis   como a hepatite  B. Destaca-se  que nessa população  a hepatite  B apresenta  características   clinicas  mais  graves,  sendo  de fundamental importância  a vacinação  universal.

Portanto,  a Vacina contra a hepatite  B será ampliada  a oferta  para  a população  independentemente da idade e ou condições  de vulnerabilidade.

 

 

Por: Dr. Almir Santana