Um novo jeito de atrair o fiel para a casa de Deus está dando certo. Padres estão revolucionando as comunidades onde trabalham com missas diferentes, como da cura ou libertação e até realizando projetos junto aos moradores. Algumas delas estão reunindo cerca de duas mil pessoas e fechando ruas por conta da aglomeração.
No Bairro Bugio, o padre Jadilson Andrade Santos chegou há cinco meses para dar um novo gás na região. Depois de sete anos na Paróquia de Santa Luzia, localizada na Barra dos Coqueiros, ele foi para sua nova casa com novos planos.
Mesmo com pouco tempo, o padre já percebe os resultados. “Tem sido um trabalho bonito, onde Deus tem manifestado a graça. Fui bem recebido pelas pessoas que abriram seu coração. Estamos desenvolvendo o trabalho pastoral e a nossa preocupação tem sido a evangelização, para isso realizamos mutirões”, explicou.
Sobre as novidades na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, padre Jadilson destacou as ideias. “Realizamos a missa de louvor na quinta, mais animada, onde tem uma participação muito boa dos moradores. Criamos ainda a missa dos homens no segundo sábado do mês e tem sido uma experiência belíssima. O retorno tem sido maravilhoso e a comunidade tem se doado realmente”, declarou.
A igreja conta ainda com a Caravana da Esperança, em parceria com o Serviço Social do Comércio (Sesc), onde 80 crianças são assistidas pelo dia e existe uma turma de alfabetização à noite, além de uma grande reforma para construção de uma cozinha industrial, um refeitório e banheiro para os peregrinos que participam todos os anos da Festa de Nossa Senhora Aparecida realizada no mês de outubro.
Moradora do bairro desde a criação da região, a aposentada Maria Pureza Pereira aprovou as iniciativas e contou sua experiência. “A ministra da Eucaristia vem trazer a Comunhão aqui em casa. Meu marido está doente e não pode mais ir para a igreja. O novo padre procurou saber quem precisava para acompanhar e estou achando esse trabalho bom. Ele está administrando bem a paróquia”, disse.
Já na Paróquia Nossa Senhora do Rosário, situada na Avenida Pedro Calazans, uma palavra define o dia de quinta por lá: lotação. Cerca de duas mil pessoas de todos os municípios passam por lá para a missa da cura e algumas levam até cadeiras de casa para ter onde sentar.
O padre José Farias que é o responsável pela igreja atribui o sucesso da missa à Jesus. “O sucesso é do Senhor. Eu sou só um instrumento do poder de Deus na vida das pessoas. Como ser humano fico muito feliz, mas o sucesso é todo Dele”, falou.
Com uma noite diferente, a missa da Nossa Senhora do Rosário tem um roteiro diferenciado. “Oramos por cerca de uma hora para todos os problemas dos fiéis como, depressão, doenças e união da família. Depois ouvimos os testemunhos dos fiéis que contam o poder de Deus em sua vida. Logo após, começamos uma missa animada que toca na vida das pessoas e por fim a bênção do Santíssimo Sacramento”, relatou o padre José Farias.
Pessoas sentadas, em pé ou até do lado de fora procuram juntas pela graça de Deus. A gestora de recursos humanos Karine Santana frequenta há mais ou menos um ano várias dessas celebrações e se sente renovada a cada ocasião. “Sai da depressão após as missas. Sinto uma paz interior muito grande a cada oportunidade. Tudo mudou em minha vida e a forma de encarar o cotidiano também. Além de todas as graças que recebi após perceber o poder de Deus em minha vida”, declarou a moça.
De diferentes nomes e realizada em vários lugares, as missas acontecem normalmente às quintas-feiras em diversos bairros da capital. Locais como Santa Lúcia, Santos Dumont e Suissa também já registram grandes números em suas igrejas.
Fonte:JCnet