O projeto Rede Solidária de Mulheres de Sergipe, realizado pela Associação das Catadoras de Mangaba de Indiaroba (Ascamai), em parceria com a Petrobras e com o apoio da Universidade Federal de Sergipe (UFS), acredita na Educomunicação como ferramenta de mobilização social e engajamento das pessoas para a promoção da autonomia e empoderamento feminino, da produção inclusiva e sustentável, da igualdade racial e equidade de gênero.
Neste sentido, ao longo da atuação do projeto, as oficinas de Educomunicação têm desenvolvido um trabalho crucial a partir do uso das tecnologias da informação como forma de trocar conhecimento e experiências e transformar realidades, de acordo com os objetivos do projeto, estabelecendo um relacionamento consolidado entre sociedade, público alvo e sua equipe executora.
De acordo com a coordenadora do projeto, Mirsa Barreto, a partir do diálogo sobre a importância da comunicação e dos seus meios na sociedade, o projeto estimula o protagonismo e a produção de conteúdo feito pelas mulheres em seus territórios. “A comunicação está em tudo, por isso que trabalhamos com a perspectiva da Educomunicação, uma abordagem que integra educação e comunicação com o intuito de promover o pensamento colaborativo das ferramentas que envolvem a produção de mídias”, afirmou.
A importância de se reconhecer
No município de Poço Verde, especificamente no quilombo Lagoa do Junco, Donei Alves Ferreira, conta sobre a experiência em ser protagonista de sua própria história a partir do que foi discutido durante as oficinas de Educomunicação do projeto. “Fiquei muito feliz em estar na capa do boletim, em me ver ali, fazendo algo que gosto. Para mim, as oficinas de Educomunicação têm promovido experiências práticas de aprendizagem e desenvolvimento de habilidades para que a gente interaja melhor em qualquer contexto social. Tem sido uma experiência incrível”, celebra.
Para Cláudia Regina de Oliveira, do povoado Pontal, em Indiaroba, as oficinas de Educomunicação são importantes para todas as mulheres que fazem parte da Ascamai. “É muito importante discutir os assuntos que a gente discute durante as oficinas de Educomunicação, além disso a gente aprende muita coisa nova, que a gente pode botar em prática para melhorar a divulgação do trabalho da associação, por isso é importante que todas participem sempre”, incentiva.
As oficinas de Educomunicação integram o calendário de oficinas fixas do projeto, junto com as oficinas de Agroecologia e Processamento de Alimentos. A metodologia é participativa e conta com discussões de temas diversos que atravessam as comunidades e seus contextos, bem como oficinas práticas voltadas à divulgação de seus trabalhos. “Nossa proposta de Educomunicação é de ensinar e aprender, construir as oficinas de acordo com a necessidade e o contexto de cada local, sempre colocando as mulheres como protagonistas de suas histórias. Para nós é uma satisfação ver as mulheres com cada vez mais autonomia e confiança para falar de si, da sua comunidade e dos seus produtos e projetos”, pontuou Marília Souza, coordenadora de Educomunicação do projeto.
Assessoria