Lula exonera 10 ministros para votarem nas eleições do Congresso neste sábado (1º)

essosDez ministros do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foram exonerados nesta sexta (31) para votarem nas eleições para a presidência das duas casas do Congresso Nacional neste sábado (1º). São comandantes de ministérios da Esplanada que foram eleitos para a Câmara e o Senado em 2022 e licenciados para assumirem as pastas, e agora retornam ao Legislativo para reforçarem os prováveis escolhidos do governo.

O PT de Lula apoia os dois favoritos para as presidências das casas: Hugo Motta (Republicanos-PB) para a Câmara e Davi Alcolumbre (União-AP) para o Senado, em uma aliança que vai do centrão à oposição – principalmente o PL do ex-presidente Jair Bolsonaro.

De acordo com os despachos publicados na edição desta sexta (31) do Diário Oficial da União (DOU), foram exonerados:

Alexandre Padilha (PT-SP), Secretaria de Relações Institucionais;

André Fufuca (PP-MA), Ministério dos Esportes;

Camilo Santana (PT-CE), Ministério da Educação;

Carlos Fávaro (PSD-MT), Ministério da Agricultura;

Celso Sabino (União-PA), Ministério do Turismo;

Juscelino Filho (União-MA), Ministério de Comunicações;

Luiz Marinho (PT-SP), Ministério do Trabalho;

Paulo Teixeira (PT-SP), Ministério do Desenvolvimento Agrário;

Silvio Costa Filho (Republicanos-PE), Ministério de Portos e Aeroportos;

Wellington Dias (PT-PI), Ministério do Desenvolvimento Social.

Apesar de ter mais parlamentares entre os ministros, Lula não exonerou alguns deles por questões variadas. Marina Silva (Meio Ambiente) e Sonia Guajajara (Povos Indígenas) seguem nos ministérios por conta da federação PSOL/Rede ter lançado um candidato próprio. E Renan Filho (Transportes) já tinha compromissos familiares marcados para o dia da votação.

O PL está apoiando Motta e Alcolumbre nas eleições para a presidência da Câmara e do Senado. Você acha que essa é uma boa estratégia?

Sim, a direita não teria condições de fazer um presidente de seu próprio grupo politico e, apoiando os nomes do Centrão, terá melhores oportunidades de negociação nas duas Casas.

Não, ambos já se mostraram contra as principais pautas da direita e não devem pautar impeachment de ministros do STF.

Embora Lula diga que não apoia nenhum candidato no Congresso e que não se mete nesta eleição, ele afirmou que conversará com os vencedores para fazer uma aproximação.

“É uma questão politica dos partidos e dos deputados e senadores. Os meus presidentes são os que ganharem, vou respeitar e estabelecer uma nova relação”, disse em uma entrevista coletiva na quinta (30).

Lula evitou demonstrar apoio público a qualquer um deles, e ressaltou que tem disposição para conversas e negociações através do ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e dos líderes do governo nas duas casas do Congresso.

O presidente ainda pontuou que o governo está sempre aberto a negociar os projetos de lei que envia ao Legislativo, que não são propostas sem qualquer possibilidade de mudanças, e que altera o que for preciso se os pedidos se mostrarem pertinentes.

Por Guilherme Grandi (Gazeta do Povo)

 

 

 

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