Centrais sindicais, movimentos sociais e trabalhadores fizeram uma grande caminhada na tarde desta sexta-feira, 30. A concentração ocorreu na Praça General Valadão, mas o destino final dos manifestantes foi o Calçadão da 13 de Julho.
O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE), Rubens Marques, considerou a caminhada uma consagração dos atos realizados na manhã de hoje. “Impomos uma derrota retumbante ao setor patronal, que passou a semana desafiando e dizendo que ia abrir o comércio e fazer os ônibus rodarem. Provamos que isso não aconteceu e o ato da tarde é uma celebração da vitória de hoje de manhã”, avalia o sindicalista.
Ainda de acordo com Rubens Marques, a greve geral trouxe resultados satisfatórios. “Se não fosse a força das greves, as reformas já tinham sido aprovadas. Se não fosse à nossa organização e mobilização, tudo tinha ido para o ralo. Senadores e deputados estão revendo seus votos e isso não acontece por acaso, mas por causa da greve”, comenta.
Rubens comenta também as dificuldades em alcançar o apoio das pessoas que não são ligadas à sindicatos ou movimentos. “A grande dificuldade é conquistar corações e mentes, trazer aqueles que não estão vinculados à movimentos sindicais e sociais para a nossa manifestação. O grosso da nossa sociedade já entendeu que houve um golpe, mas ainda resiste em participar das mobilizações”, opina.
Para a presidente do Sintese, Ivonete Cruz, os manifestantes ocuparam as ruas em uma demonstração de resistência à greve geral. “Foi um dia de muita chuva, mas houve uma bela construção de resistência ao golpe e à retirada dos direitos, na luta contra as reformas do governo golpista”, comentou.
A caminhada contou também com a presença de estudantes de Lagarto. “Estamos lutando pelo direito de todos e nós estudamos queremos lutar pelo futuro. Somos o poder maior, a sociedade é maior do que todos esses que estão no poder”, disse o estudante Tiago Gilson Rodrigues, do Grêmio Estudantil de Lagarto.
Greve geral
A greve geral desta sexta-feira, 30, afetou o fluxo de veículos em rodovias federais, o funcionamento das lojas do centro de Aracaju e a circulação dos ônibus do transporte coletivo da capital. A primeira greve geral foi realizada no dia 28 de abril. O movimento organizado pelaFrente Brasil Popular tem como objetivo lutar contra as reformas Trabalhista e da Previdência Social.
(Fonte: Infonet)