HORA DA REFORMA
A Câmara dos Deputados instalou a comissão especial que vai debater mais uma vez reformas no sistema político nacional. Foi eleito para presidir o colegiado o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), irmão do ministro Geddel Vieira Lima. O relator será o petista Vicente Cândido (SP). A principal motivação dos parlamentares para fazer uma reforma política foi a proibição de financiamento de campanhas por empresas, que começou a valer nas eleições deste ano. O trabalho da comissão deve durar até maio de 2017.
QUEM PAGA A CONTA?
Um projeto de lei que vai ser incluído no debate da reforma política na Câmara quer destinar R$ 3 bilhões por ano para os partidos políticos. A proposta, escrita pelo deputado Marcus Pestana (PSDB-MG), prevê a criação do Fundo de Financiamento da Democracia, que seria composto por 2% da arrecadação do Imposto de Renda. A cifra supera em mais de quatro vezes o atual Fundo Partidário, que vai custar R$ 724 milhões ao Tesouro Nacional em 2016. A verba bancaria o funcionamento das legendas e a participação de cada uma delas nas campanhas eleitorais.
“MUY AMIGO"
O ex-presidente Lula rebateu a acusação de que seria ele a pessoa chamada de "Amigo" em uma planilha da Odebrecht com esquema de pagamento de propinas. Lula disse que o Power Point não deu certo e agora a Lava Jato inventa acusações contra ele com uma tabela de Excel. O ex-presidente disse ainda não haver nenhuma base em provas ou movimentações financeiras. A Polícia Federal acusa Lula de ter recebido R$ 8 milhões em propina da empreiteira.
DELAÇÕES À VISTA
Depois de oito meses, a força-tarefa da Operação Lava Jato terminou a fase de negociação de delações premiadas com executivos da empreiteira Odebrecht. Foram definidos os temas que vão ser abordados e as possíveis reduções de pena. O chefe da empreiteira, Marcelo Odebrecht, foi um dos últimos a fechar o acordo, porque queria ter uma pena muito reduzida. Essa é a primeira fase do acordo de colaboração, que deve se estender por meses de depoimentos prestados ao Ministério Público.
DIA DE QUEDA
A Bolsa fechou em queda de 0,3%, com 63.866,2 pontos. A baixa da sessão foi influenciada, principalmente, pelo desempenho negativo das ações da Petrobras, que caíram 2%, e dos bancos. Já as ações da mineradora Vale saltaram mais de 6%. No mercado de câmbio, o dólar fechou em queda de 0,46%, cotado em R$ 3,106. É a segunda baixa seguida da moeda. Com isso, o dólar se mantém no menor nível desde 2 de julho de 2015.
NEM TÃO RUIM
As contas externas do Brasil, que são as transações comerciais e financeiras do país com o resto do mundo, tiveram um saldo negativo de US$ 465 milhões em setembro. O resultado é bem menor que o deficit de US$ 1,6 bilhão que era esperado para o mês. A informação é do Banco Central. O rombo de setembro é o menor para o mês desde 2007, quando as contas externas apresentaram um saldo positivo de US$ 482 milhões. Em setembro do ano passado, o déficit foi de US$ 3,05 bilhões.
VENEZUELA
O Parlamento venezuelano, com maioria da oposição ao governo, aprovou a abertura de um processo contra Nicolás Maduro. A oposição acusa o presidente de quebrar a ordem constitucional e promover um golpe de Estado. No último domingo, simpatizantes do governo venezuelano invadiram o Parlamento e interromperam o debate sobre a suspensão do referendo revogatório contra Maduro. A Assembleia Nacional convocou o presidente para responder às acusações contra ele.
RESTOS MORTAIS
O Vaticano divulgou novas regras para a cremação de católicos e proibiu que as cinzas dos mortos sejam guardadas em casa ou espalhadas. A Igreja Católica determina que, se for escolhida a cremação, as "cinzas do morto devem ser mantidas em um lugar sagrado", ou seja, nos cemitérios. As novas normas, aprovadas pelo papa Francisco, estão em documento escrito pela Congregação da Doutrina para a Fé e foram escritas para corrigir práticas atuais de sepultamento e cremação consideradas em "desacordo com a fé da Igreja".
ADEUS AO “CAPITA”
O ex-jogador Carlos Alberto Torres, capitão da seleção brasileira na conquista do tricampeonato mundial na Copa do Mundo de 1970, morreu hoje aos 72 anos. Ele estava em casa, no Rio de Janeiro, quando sofreu um infarto fulminante. Carlos Alberto Torres marcou época no futebol brasileiro não só pela passagem na seleção, mas também pela carreira em clubes do país, entre eles Santos, Botafogo e Fluminense.
VISITA MARCADA
O grupo Evanescence já programou na agenda dois shows no Brasil para abril de 2017. Vai ser o retorno da banda ao país depois de cinco anos. As cidades ainda não foram definidas. A nova turnê da banda americana começa na próxima sexta-feira, dia 28, com um show em Dallas, nos EUA. O último disco inédito da Evanescence leva o nome da banda e foi lançado em 2011.
FINANCIAMENTO
Hoje vai ser instalada uma comissão da Câmara sobre a reforma política no país e a primeira proposta a ser debatida é sobre a criação do Fundo de Financiamento da Democracia. A novidade pode destinar 2% da arrecadação do Imposto de Renda para partidos políticos. E sabe quanto isso significa? Cerca de R$ 3 bilhões. A verba bancaria o funcionamento e as campanhas eleitorais das legendas. Quem vai pagar por isso? A população. E cada brasileiro poderia indicar, na declaração do IR, uma parcela para o partido de preferência.
DÓLAR EM QUEDA
O Banco Central vai reduzir a oferta de dólares no mercado para tentar compensar o impacto da entrada de dinheiro no país com o programa de regularização de recursos mantidos no exterior. A cotação do dólar teve forte queda ontem em comparação com o real e atingiu R$ 3,12. Para analistas, o motivo é a aproximação do fim do prazo para a repatriação de recursos, que vai até o dia 31 de outubro. O governo estima arrecadar cerca de R$ 50 bilhões com o programa.
ESCUTAS NO SENADO
Paulo Igor Bosco da Silva, autor das denúncias que resultaram na prisão de quatro policiais do Senado na última sexta, disse que a missão contra escutas telefônica teve como objetivo proteger o então ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, das investigações da Lava Jato. O advogado de Lobão disse que é dever da polícia do Senado cumprir missões. O objetivo era retirar grampos ilegais e, que por isso, não poderia prejudicar nenhuma investigação.
IRRITADO
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), criticou o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, e disse que a Polícia Federal utiliza 'métodos fascistas' por ordem de um 'juizeco de primeira instância'. Foi o primeiro pronunciamento público de Renan após a operação Métis, realizada na Casa na semana passada. Renan atacou também o que considerou 'excessos' da Lava Jato. Ele ainda disse que a delação de um policial legislativo sobre supostas ações para descobrir e destruir escutas para atrapalhar a Lava Jato podem causar uma crise institucional.
VOLTA ÀS RUAS
Durante discurso em ato no Rio de Janeiro, Dilma Rousseff fez críticas à PEC 241, que limita os gastos da União por 20 anos, e ao processo de impeachment. Para a petista, os cortes propostos por Michel Temer vão atingir a Saúde e a Educação. Dilma também afirmou que o país vive um 'processo de golpe continuado' e de 'desmonte das políticas sociais'. Ela também defendeu Lula e disse que o ex-presidente sofre perseguição política.
MORTE EM ESCOLA
Um adolescente de 16 anos foi assassinado em uma escola estadual de Curitiba ocupada há 20 dias por estudantes em protesto contra reformas no ensino médio e a PEC 241. O adolescente Lucas Eduardo Araújo Mota foi morto por outro colega, de 17 anos, que também estava na ocupação do Colégio Estadual Santa Felicidade. Segundo a Secretaria da Segurança, os dois se desentenderam após usarem droga dentro do colégio, e Lucas foi esfaqueado na altura do pescoço.
EM CIMA DA HORA
Um em cada cinco eleitores brasileiros admitiu ter escolhido os candidatos no próprio dia do primeiro turno das eleições municipais, em 2 de outubro, segundo pesquisa do Ibope. Outros 15% disseram ter feito a escolha não muito antes, nos últimos dias antes de ir à urna. Ou seja, pelo menos um em cada três votos dados no primeiro turno foi decidido em cima da hora. Essa parcela da população acaba mudando o jogo repentinamente, como aconteceu com Celso Russomanno em 2012 e 2016, e com Marina Silva em 2014. Nas cidades com mais de 500 mil habitantes, a parcela dos eleitores que improvisam o voto chega a 45%.