Protesto contra demissões na Vale do Rio Doce

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vale do r.doce protestoA recente demissão de três trabalhadores da Empresa Vale do Rio Doce no Estado de Sergipe foi o estopim para a eclosão do protesto realizado pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Prospecção, Pesquisa, Extração e Beneficiamento de Minérios (SINDIMINA), filiado à Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE), na última sexta-feira, dia 27/11, na sede da empresa no município de Rosário do Catete.

Secretário de Organização Política Sindical da CUT/SE, Jairo de Jesus participou da manifestação que aconteceu na sede da Vale do Rio Doce no município sergipano de Rosário do Catete, e afirmou que as demissões na empresa têm sido uma constante apontando para uma nítida situação de redução de quadro. “A Vale recebe fartos incentivos do Governo e não tem contrapartida social. Pudemos perceber que o nível de insatisfação está muito grande e por isso o ato na porta da empresa ganhou o reforço dos trabalhadores que deixaram o turno e se somaram à mobilização na porta da empresa”.

Em Campanha Salarial desde o dia 30 de outubro, as lideranças sindicais do SINDIMINA entregaram a proposta da categoria para a direção da empresa e até o presente momento não tiveram nenhuma resposta.

Enquanto o tempo passa, a gestão da empresa põe adiante uma política de perseguição contra dirigentes sindicais e investidas rumo ao corte do Adicional de Periculosidade dos trabalhadores que atuam na mina.

O clima de insegurança no emprego é agravado porque o Projeto Carnalita está parado, a exploração mineral não começou e o potássio já está acabando. Portanto os trabalhadores temem que o projeto seja desativado e eles percam seus postos de trabalho.

Além dos problemas trabalhistas, o vazamento no Salmouroduto provocando a contaminação do Rio Caboble, decorrente de multa é mais uma razão para a revolta dos trabalhadores. Condenados a pagar multa de R$ 2 milhões, os administradores da empresa têm tratado a natureza com desdém...

O protesto contou com o apoio e a presença da CUT/SE, MOTU, SINDITEXTIL, SINDTIC, SINERGIA, SINTRADISPEN, UBES, COLETIVO QUILOMBO, MST, além dos deputados estaduais Ana Lúcia Vieira (PT), Francisco Gualberto (PT) e o deputado federal João Daniel (PT).

 

 

Por: Iracema Corso