Tarcísio e Michelle crescem para estar na chapa em 2026

Categoria: Mais Notícias Escrito por José Raimundo Feitosa

micleA pesquisa muitas vezes aponta caminhos ou tiram dúvidas. A visão do eleitorado de Jair Bolsonaro (PL) sobre um possível sucessor do ex-presidente na disputa presidencial em 2026 está, neste momento, concentrada em dois nomes: a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Entretanto, há um desejo entre militantes que Michelle é a preferida dos eleitores próximos às campanhas de Bolsonaro para concorrer à presidência em 2026. A pesquisa mostrou que, dentre as pessoas que votaram em Bolsonaro em 2022, 41% preferem que Michelle seja a candidata da direita na próxima eleição ao Palácio do Planalto, caso o marido não consiga reverter as decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o tornaram inelegível. Tarcísio tem o apoio de 33% desse grupo.

Dentro de uma seara mais ampla de pesquisas, outros políticos medidos, como os governadores Ratinho Jr (Paraná-PSD), Ronaldo Caiado (Goiás-União) e Romeu Zema (Minas Gerais-Novo), ainda não têm aderência ao eleitorado. Os três pontuaram entre 7% e 5%.

Levantando a totalidade de pessoas entrevistadas pelo levantamento – ou seja, sem o recorte de voto em Bolsonaro em 2022 – a ex-primeira-dama também foi apontada como a favorita para enfrentar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2026, com 28% da preferência. Tarcísio foi citado por 24%. A ex-primeira-dama, no entanto, tem rejeição de 50% do eleitorado, enquanto o governador de São Paulo tem 30%.

Mesmo com esta fotografia e este potencial eleitoral de Michelle para o Palácio do Planalto, Bolsonaro e Valdemar Costa Neto, presidente do PL, até o momento, dizem que a ex-primeira-dama deverá concorrer ao Senado em 2026. Na visão do partido, ela teria uma vitória garantida, além de contribuir para o crescimento da base parlamentar de direita na Casa.

Uma leitura plausível é que mostra que o eleitor de Bolsonaro deverá seguir alguém que tenha maior proximidade política com o ex-presidente e que demonstre dispor de maior confiança por parte dele, o que pode explicar a preferência por Michelle e Tarcísio, em detrimento dos demais governadores citados. A medição Quaest ouviu 2.045 pessoas, com 16 anos de idade ou mais, entre os dias 2 e 6 de maio. A margem de erro geral é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos e o nível de confiabilidade é de 95%.

“Michelle criou uma identificação com um eleitorado específico, que é o público feminino, revelou ser uma boa oradora, viajou o país e abriu diretórios do PL. Tudo isso contribuiu para que ela se viabilizasse como uma forte opção para a direita. Além disso, a imagem dela está associada ao ex-presidente, que é um líder carismático com grande popularidade”, disse o cientista político Elton Gomes, professor da Universidade Federal do Piauí (UFPI). A ligação da ex-primeira-dama com o público evangélico é outro fator que a destaca de Tarcísio e outros possíveis sucessores, segundo o analista Juan Carlos Arruda, CEO do Ranking dos Políticos. “Michelle Bolsonaro se destaca como uma candidata forte à presidência da República, apoiada por três importantes pilares: seu apelo significativo entre o eleitorado feminino — um segmento tradicionalmente desafiador para a direita —, sua conexão com a comunidade evangélica e o impacto de seu sobrenome". Como cita a Gazeta do Povo do Paraná.

Proximidade com Bolsonaro e avaliação positiva do governo impulsionam Tarcísio. Diferentemente de outros postulantes, o ex-ministro da Infraestrutura é visto como um nome mais fiel ao ex-presidente, em comparação com os demais governadores sondados na pesquisa da Quaest. Sempre que pode, Tarcísio destaca que não teria chegado ao governo sem o apoio de Bolsonaro.

É neste sentido que talvez a união do nome bem avaliado com uma mulher atuante, mais do que atual primeira-dama, e que carregue o nome Bolsonaro seja o caminho que aponta a pesquisa. Afinal, seriam novos nomes para enfrentar o eterno candidato Lula, que enfrenta uma rejeição de 55% para um segundo mandato.

Reportagem, Tulio Ribeiro