"Maioria dos brasileiros não confia em Lula nem acha que fez o certo"

Categoria: Mais Notícias Escrito por José Raimundo Feitosa

perdeJá são 58% dos brasileiros que acham que Lula fez menos que poderia pelo Data Folha nesta sexta-feira. A realidade chegou depois de 15 meses de inoperância.  Existem duas premissas que Lula da Silva cuida com atenção especial: sua bibliografia e a outra é sua popularidade. Neste terceiro mandato ele debilitou as duas, deste modo o presidente reuniu ministros de Estado no Palácio do Planalto segunda-feira (18/3), no primeiro encontro do ano. Após elogiar ministros e dizer que o trabalho estava "iniciando'(15 meses), Lula chamou Bolsonaro de “covardão”. E cobrou mais ação dos subordinados. Cobrar do outro, até por não encontrar móveis que estavam no depósito e exigir dos subalternos, é estratégia populista para retirar sua responsabilidade.

“Nosso primeiro ano foi um ano de recuperação. Todo mundo sabe que recuperar uma coisa estragada é mais difícil do que começar uma coisa nova. Todo mundo sabe a quantidade de obra que estava parada, as bolsas de pesquisas atrasadas”, frisou o presidente. Numa narrativa recorrente, o discurso seguiu no sentido de jogar a responsabilidade pelo rendimento ruim em pesquisas de opinião no governo anterior e na imprensa, que não estaria destacando os bons resultados. Segundo Lula, o trabalho maior foi o de recuperação. “Todo mundo sabe o que foi feito para recuperar o salário mínimo, e todo mundo sabe que ainda falta muito para gente fazer, em todas as áreas. Tudo aquilo que nós nos comprometemos a fazer durante a disputa eleitoral.”

A frase chave é que a maioria dos brasileiros não confia mais em Lula, se em março de 2023 (IPEC), 53% confiavam no pernambucano e 43% não confiavam, Lula desgastou-se , agora 51% não confiam, apenas 43% confiam para mesmo mês deste ano, isso é ferir de morte a vaidade de Lula. Fazendo um governo de centro, é com a popularidade que usa para manter algum apoio no parlamento conservador. Em evento no RS, Lula admitiu o golpe: "É porque estou aquém do povo esperava que estivesse fazendo. Não estou cumprindo o que prometi", numa crise de sincericídio.

Nesta quinta-feira (21), somente preocupado em reverter a queda da popularidade, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a exigir publicamente, que os ministros de Estado unifiquem os discursos quando divulgarem ações do governo federal e não se concentrem apenas em falar das realizações das pastas que comandam. Em sua verbalização, citou a falta de coordenação com iniciativas que envolvem vários ministérios. “Eu detectei que têm muitas políticas que envolvem muitos ministérios. Quem está tomando conta de cada política? Se tem muita gente tomando conta e não tem um coordenador para assumir a responsabilidade, podemos correr o risco dessas políticas não estarem sendo efetivadas”, declarou em meio ao Plano Juventude Negra, em Ceilândia, no Distrito Federal.

O nervosismo de Lula descambou para desequilíbrio verbal com sua ministra da saúde, embora sua má gestão nos leva superar o recorde de casos de dengue de 2015, esta péssima gestão é um dos fatores ao crescimento a rejeição ao presidente. O Brasil passou de 1,8 milhão de casos (prováveis e confirmados) de dengue em 2024. Segundo dados do Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde atualizados nesta segunda-feira (18), o país registrou 1.889.206 casos nas primeiras onze semanas deste ano, uma taxa inédita. Este é o maior número desde o início da série histórica, em 2000. O recorde anterior de casos prováveis ocorreu em 2015, com 1.688.688. Mas o que disse Lula para levar a socióloga, e ainda por cima do tipo que usa camiseta preta com os dizeres “lute como uma garota”, às lágrimas?  Lula cobrou uma atitude mais firme frente a dengue e inclusive na questão do aborto. Machismo? Quem liga para isso quando o chefe verbaliza?

Foi um choro epifânico, como se Nísia Trindade de repente percebesse toda a hipocrisia que a rodeia. Precisou que a primeira-dama Janja da Silva, acompanhada pelas demais ministras mulheres, acolhesse o choro. Além de uma ineficiente ação contra a dengue, o presidente também cobrou a ministra pela morte dos Ianomâmis, pela polêmica resolução do aborto, pela crise nos hospitais federais no Rio de Janeiro e pelo relacionamento complicado com o Congresso. Nísia é uma cientista política, socióloga, militante e tem farta história negativa desde ajudar empregar o filho em Cabo Frio até investigação sobre superfaturamento enquanto era presidenta da Fiocruz.

Estrategicamente, na busca da popularidade, Lula quer reaproximação com Deus. Parece que, depois que o presidente despencou, ele está apelando a todas as religiões possíveis. Será que Lula e seu governo alcançarão a salvação? Lula é daqueles que colocam uma advogada sem experiência no planejamento, uma cientista política na saúde e um advogado que fez uma tese sobre a antiga União Soviética na economia. É o que os boleiros, na mesa de um bar, chamam pejorativamente um mal técnico de "pardal". Um chefe da kakistocracia.

Por Tulio Ribeiro

perde1

 

 

Lula em queda livre

 

 

 

Leia: gazetahoje.com