O presidente Luiz Inácio sofre o maior pedido de afastamento de suas funções em toda história do Brasil. Como reporta a deputada Carla Zambelli (PL-SP) foi protocolado nesta quinta-feira, 22, o pedido de impeachment do petista, após este ter comparado a ofensiva israelense em Gaza ao Holocausto. Seguindo as palavras da deputada, o pedido foi subscrito por nada menos que 140 parlamentares, contando com inclusive integrantes da base governista. Um recorde. A história nos mostra que o pedido é o maior em adesão parlamentar até hoje. Até então, o recorde era do processo contra Dilma Rousseff, em 2016. Naquele ano, a denúncia contra a petista contou com 124 assinaturas.
Os parlamentares alegam que as declarações do presidente associando a guerra em Israel ao Holocausto configuram um crime de responsabilidade de acordo com o Artigo 5º da Constituição Federal. Reportam: “São crimes de responsabilidade contra a existência política da União: 3 – cometer ato de hostilidade contra nação estrangeira, expondo a República ao perigo da guerra, ou comprometendo-lhe a neutralidade”. Na Etiópia, o presidente Lula classificou como genocida a atuação de Israel na Faixa de Gaza e citou o episódio ao Holocausto judeu durante a Segunda Guerra Mundial. Na sexta-feira, cabe à Secretaria-Geral da Câmara analisar e validar todas as assinaturas. Senadores também poderiam endossar o pedido, mas a oposição achou por bem não incluir essas assinaturas sob o risco de questionamentos.
Apesar do intenso movimento da oposição, aliados do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), apontam que são quase nulas as chances de ele dar seguimento ao pedido de impeachment do petista. Lula governa com o ' Centrão' e Lira é o chefe. Aliás, um “happy hour” nada republicano de Lula com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e líderes da Casa, na noite de quinta-feira (22/2), foi um verdadeiro “morde e assopra”. O encontro entre gentilezas mútuas e regadas a uísque, mas também por cobranças reservadas pelo pagamento de emendas parlamentares. Lira verbalizou ao seu estilo ao ministro da Casa Civil, Rui Costa, para cobrar uma posição mais clara do Executivo sobre os R$ 5,6 bilhões em emendas vetadas por Lula. Sim, a questão é dinheiro que mantém a ' governabilidade' e a defesa de Lula
Ameaças a Lula não pararam aí, parlamentares também denunciam Lula no Tribunal Penal Internacional por fala sobre Israel. Um grupo de 68 deputados federais denunciou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Tribunal Penal Internacional, nesta sexta (23), por “antissemitismo” pela declaração que comparou a reação de Israel contra o Hamas ao Holocausto nazista. A denúncia é protocolada por parlamentares da oposição e liderado por Rodolfo Nogueira (PL-MS), que considerou a comparação feita por Lula como “inadmissível e irresponsável”. Segue: “É inadmissível e irresponsável comparar situações incomparáveis, especialmente considerando o direito legítimo de Israel de se proteger e se defender. Declarações como as proferidas pelo presidente Lula apenas fomentam o discurso de ódio e o antissemitismo”, disse.
Cabe aí uma conclusão visitando a história, Israel sempre recorre a alegação do antissemitismo para qualquer ato recorrente avassalador quando é criticado pelo genocídio ou limpeza étnica contra os palestinos. Não é questão de culpar os judeus, mas atrocidades de seu Estado, que não são de hoje, não caberiam num texto para deixar claro que este governo é o grande vilão do desrespeito aos direitos humanos e golpes contra vida de crianças e idosos em nossa contemporaneidade, mesmo antes do enfrentamento com Hamas.
Num país dividido e depois de um ano de governo lulista é fato que sua vitória por meio por cento, mesmo com alianças heterodoxas, não conseguiu debilitar a outra metade política. O campo da força do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) promete atrair mais de 100 deputados federais, oito senadores e três governadores para o ato deste domingo (25) na Avenida Paulista, convocado por ele mesmo após ser alvo da operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal (PF), que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado. O levantamento sobre a presença dos deputados foi divulgado pela deputada Carla Zambelli (PL-SP). Bolsonaro e seu entorno mostram que dominam metade ou talvez uma pouco mais dela no paí, mas temem uma eventual prisão do ex-presidente, que pode vir a ser ordenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ao mesmo tempo, almejam criar musculatura política para as eleições municipais deste ano. Garante Zambelli, que devem comparecer ao evento forças que representam 20% da Câmara, uma representação, apesar de minoritária pela aliança lulista com o 'Centrão', é significativa. É inegável que Bolsonaro, mesmo após seu mandato presidencial, continua sendo um ativo político significativo. Sua base de apoio é robusta e fervorosa, e deve se fazer presente nas ruas no próximo domingo. Por outro lado, cabe citar que “é preciso considerar que a mobilização desses apoiadores não é necessariamente uma garantia de ganhos eleitorais”. Logo, o sucesso da oposição nas eleições de outubro também provém da capilaridade de Bolsonaro de consolidar e ampliar seu apoio.
Assim, devem comparecer ao evento os governadores Tarcísio de Freitas (SP), Jorginho Melo (SC) e Ronaldo Caiado (Go). Líderes da Câmara, como o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, Pedro Lupion (PP-PR), e o presidente da Frente Parlamentar do Empreendedorismo, Joaquim Passarinho (PL-PA). A grande maioria dos parlamentares que confirmaram presença é do Partido Liberal, e aliados de Bolsonaro como no União Brasil, MDB, PP e Republicanos, além do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB).
Segundo o pastor Silas Malafaia a esposa de Bolsonaro deve discursar. O foco deve ser a defesa do Estado democrático de Direito, da nossa liberdade e um retrato para o Brasil e imagens para o mundo do que nós, de verde e amarelo, queremos: Deus, pátria, família e liberdade". É inegável que Bolsonaro, mesmo após seu mandato presidencial, continua sendo um ativo político significativo. Nesse contexto, o sucesso da oposição nas eleições de outubro também dependerá da capacidade de Bolsonaro de consolidar e ampliar seu apoio. Se ele conseguir fazer uma grande manifestação, com a adesão de congressistas, governadores e personalidades políticas e povo, vai conseguir mostrar uma força política que pode se refletir na capacidade de transferir votos e de influenciar o pleito. Isso pode ter ênfase nos municípios com mais de 200 mil habitantes, que são extremamente relevantes para o projeto político dos partidos. Enquanto isso, Lula perde para dengue, enchentes e seca, a crescente mortes dos Ianomâmis, desmatamento, situação caótica na saúde, evasão escolar, e um país dominado por já 70 facções criminais. Golpeado povo brasileiro!
Por Tulio Ribeiro
Bolsonaro tem apoio do povo