Prisão no governo Maduro tinha boate, lança foguete, piscina e PC para minerar bitcon

Categoria: Mais Notícias Escrito por José Raimundo Feitosa

prisaoA questão que chama atenção não é a operação de 'retomada ' da prisão de Torocón a 62 km de Caraca, mas como o governo do ditador Nicolás Maduro manteve relações com a facção criminosa que ainda está em outros 9 Estados. Em vídeos postados nas redes sociais mostram fileiras de casas que foram erguidas na área e destruídas pelas autoridades, além das instalações de um zoológico onde havia dois cunaguaros ou jaguatiricas, vários flamingos, macacos e outros animais. De acordo com um relatório do Observatório Venezuelano de Prisões (OVP), oito das 53 prisões que existem na Venezuela estão nas mãos dos próprios presos. A prisão de Tocorón é descrita como uma das mais perigosas do país caribenho.

A milícia começou dentro do período do governo chavista. Segundo Luis Izquiel, professor de criminologia da Universidade Central da Venezuela, a quadrilha nasceu "há cerca de 12 ou 14 anos" em um sindicato que controlava um trecho de trem que cruzaria o estado de Aragua. "Membros do sindicato extorquiam empreiteiras, vendiam empregos em canteiros de obras e ficaram conhecidos como 'os caras do trem do Aragua'". Hoje eles controlam o bairro de San Vicente, no estado de Aragua, que se tornou seu epicentro de controle fora da prisão de Tocorón. Em seguida, expandiram-se para o resto do país: "Eles são conhecidos por estarem no estado de Sucre, controlando rotas de tráfico de drogas, e envolvidos em mineração ilegal no estado de Bolívar".

De acordo com um relatório da Connectas, instalações recreativas, como zoológicos com animais de estimação, academias, mangas de coleo (campos onde uma competição tradicional venezuelana é realizada com touros e cavalos), campos esportivos e até estádios de beisebol.Para ir a Tocorón, os presos devem pagar entre US$ 3.000 e US$ 5.000, disse um ex-prisioneiro ao Connectas and Runrunes. Além de boate e complexo de piscinas, a apreensão em presídio na Venezuela mostrou desde lançador de foguete a computadores para minerar bitcoin.Entre as descobertas chocantes das forças de segurança estão um sistema de túneis, que teria sido usado pelo chefe da organização criminosa transnacional 'Tren de Aragua', Héctor Guerrero Flores, conhecido como 'Niño' Guerrero, para escapar junto com outros detentos da prisão. Eles também relataram que nesse tipo de prisão são realizados eventos esportivos como noites de boxe ou jogos de beisebol.

Uma das provas da permissibilidade das autoridades, fora o tempo que são controladas pelos criminosos sem ação do governo, é que esta é uma das prisões, (construída em 1982) controladas peça facção. Existem mais outras seis. Prisão de Tocuyito; Internato Judicial Vista Hermosa; Prisão El Dorado; Cabimas Checkpoint;Internato Judicial de Trujillo. Quando Maduro vai passar operar contra o tráfico e criminalidade no país.

e Ponte Ayala.  Será se ação é na prática uma ilusão? Quando Maduro vai passar atuar contra o tráfico que ele é acusado pelos Estados Unidos em ajudar?

Entidades como a Anistia Internacional, a Human Rights Watch e a Organização das Nações Unidas (ONU) já acusam o governo comandado por Maduro de ser uma ditadura que usa da violência para manter o poder. Os métodos incluiriam execuções, sequestros, estupros e prisão de opositores. Iniciado por Hugo Chávez, o grupo político de Maduro - o chavismo - está no poder na Venezuela de forma ininterrupta desde 1999. Segundo as entidades, o governo usaria o aparato de inteligência civil e militar para vigiar a sociedade civil, inclusive sindicalistas e membros da imprensa.Em 2020, o governo dos Estados Unidos acusou Maduro de envolvimento com o tráfico de drogas e de "narcoterrorismo" contra a população americana – as acusações continuam em aberto, e há uma recompensa pela prisão do chefe de Estado venezuelano.

As últimas acusações de violação de direitos humanos dirigidas contra o governo Maduro foram apresentadas em março deste ano pela Missão das Nações Unidas para Verificação de Fatos sobre a Venezuela (FFMV, na sigla em inglês). A missão relatou a existência de pelo menos 282 presos por razões políticas no país, e apontou a permanência de um clima generalizado de medo por parte da população.

"Num contexto de impunidade generalizada de crimes sérios mencionados em nossos relatórios anteriores, os cidadãos que criticam ou se opõem ao governo se sentem ameaçados e desprotegidos. O medo da prisão e de torturas por parte do governo impedem as pessoas de se expressarem ou protestarem", disse Marta Valiñas, a chefe da FFMV. "Ao fazê-lo (o governo) comete crimes graves e violações de direitos humanos, incluindo atos de tortura e violência sexual. Estas práticas precisam parar imediatamente", disse Valiñas na ocasião. O relatório foi baseado em 245 entrevistas confidenciais com cidadãos venezuelanos, além de análise de documentos.

Fontes: BBC; LA Republica; El nacional.

Por Tulio Ribeiro

Prisão no governo Maduro tinha boate, lança foguete, piscina e PC para minerar bitcon

A questão que chama atenção não é a operação de 'retomada ' da prisão de Torocón a 62 km de Carca, mas como o governo do ditador Nicolás Maduro manteve relações com a facção criminosa que ainda está em outros 9 Estados. Em vídeos postados nas redes sociais mostram fileiras de casas que foram erguidas na área e destruídas pelas autoridades, além das instalações de um zoológico onde havia dois cunaguaros ou jaguatiricas, vários flamingos, macacos e outros animais. De acordo com um relatório do Observatório Venezuelano de Prisões (OVP), oito das 53 prisões que existem na Venezuela estão nas mãos dos próprios presos. A prisão de Tocorón é descrita como uma das mais perigosas do país caribenho.

A milícia começou dentro do período do governo chavista. Segundo Luis Izquiel, professor de criminologia da Universidade Central da Venezuela, a quadrilha nasceu "há cerca de 12 ou 14 anos" em um sindicato que controlava um trecho de trem que cruzaria o estado de Aragua. "Membros do sindicato extorquiam empreiteiras, vendiam empregos em canteiros de obras e ficaram conhecidos como 'os caras do trem do Aragua'". Hoje eles controlam o bairro de San Vicente, no estado de Aragua, que se tornou seu epicentro de controle fora da prisão de Tocorón. Em seguida, expandiram-se para o resto do país: "Eles são conhecidos por estarem no estado de Sucre, controlando rotas de tráfico de drogas, e envolvidos em mineração ilegal no estado de Bolívar".

De acordo com um relatório da Connectas, instalações recreativas, como zoológicos com animais de estimação, academias, mangas de coleo (campos onde uma competição tradicional venezuelana é realizada com touros e cavalos), campos esportivos e até estádios de beisebol.Para ir a Tocorón, os presos devem pagar entre US$ 3.000 e US$ 5.000, disse um ex-prisioneiro ao Connectas and Runrunes. Além de boate e complexo de piscinas, a apreensão em presídio na Venezuela mostrou desde lançador de foguete a computadores para minerar bitcoin.Entre as descobertas chocantes das forças de segurança estão um sistema de túneis, que teria sido usado pelo chefe da organização criminosa transnacional 'Tren de Aragua', Héctor Guerrero Flores, conhecido como 'Niño' Guerrero, para escapar junto com outros detentos da prisão. Eles também relataram que nesse tipo de prisão são realizados eventos esportivos como noites de boxe ou jogos de beisebol.

Uma das provas da permissibilidade das autoridades, fora o tempo que são controladas pelos criminosos sem ação do governo, é que esta é uma das prisões, (construída em 1982) controladas peça facção. Existem mais outras seis. Prisão de Tocuyito; Internato Judicial Vista Hermosa; Prisão El Dorado; Cabimas Checkpoint;Internato Judicial de Trujillo. Quando Maduro vai passar operar contra o tráfico e criminalidade no país.

e Ponte Ayala.  Será se ação é na prática uma ilusão? Quando Maduro vai passar atuar contra o tráfico que ele é acusado pelos Estados Unidos em ajudar?

Entidades como a Anistia Internacional, a Human Rights Watch e a Organização das Nações Unidas (ONU) já acusam o governo comandado por Maduro de ser uma ditadura que usa da violência para manter o poder. Os métodos incluiriam execuções, sequestros, estupros e prisão de opositores. Iniciado por Hugo Chávez, o grupo político de Maduro - o chavismo - está no poder na Venezuela de forma ininterrupta desde 1999. Segundo as entidades, o governo usaria o aparato de inteligência civil e militar para vigiar a sociedade civil, inclusive sindicalistas e membros da imprensa.Em 2020, o governo dos Estados Unidos acusou Maduro de envolvimento com o tráfico de drogas e de "narcoterrorismo" contra a população americana – as acusações continuam em aberto, e há uma recompensa pela prisão do chefe de Estado venezuelano.

As últimas acusações de violação de direitos humanos dirigidas contra o governo Maduro foram apresentadas em março deste ano pela Missão das Nações Unidas para Verificação de Fatos sobre a Venezuela (FFMV, na sigla em inglês). A missão relatou a existência de pelo menos 282 presos por razões políticas no país, e apontou a permanência de um clima generalizado de medo por parte da população.

"Num contexto de impunidade generalizada de crimes sérios mencionados em nossos relatórios anteriores, os cidadãos que criticam ou se opõem ao governo se sentem ameaçados e desprotegidos. O medo da prisão e de torturas por parte do governo impedem as pessoas de se expressarem ou protestarem", disse Marta Valiñas, a chefe da FFMV. "Ao fazê-lo (o governo) comete crimes graves e violações de direitos humanos, incluindo atos de tortura e violência sexual. Estas práticas precisam parar imediatamente", disse Valiñas na ocasião. O relatório foi baseado em 245 entrevistas confidenciais com cidadãos venezuelanos, além de análise de documentos.

Fontes: BBC; LA Republica; El nacional.

Por Tulio Ribeiro