Livro da Edise retrata ‘Olhares sobre o puerpério’

Categoria: Mais Notícias Escrito por Rubens Barroso

‘Olhares sobre o puerpério’ é o novo livro da Editora Diário Oficial de Sergipe – Edise. Organizado por Graziela Gatto, Tamyres Lima e Vivian Reis, a obra reúne vivencias ocorridas no puerpério – período após o parto e foca na complexa diversidade de sentimentos do puerpério.

Segundo a psicóloga Graziela Gatto, foram convidadas mulheres e homens que experienciaram ricas e distintas histórias, ao trazer de forma livre, suas vivências que são comuns, porém silenciadas. “Sendo assim, temas como nascimentos e renascimentos, fertilização, adoção, depressão pós-parto, luto gestacional, mães de filhos com deficiência nos convidam a olhar empaticamente para o puerpério”.

As vivências das ‘rodas prenhas e paridas’ organizadas pelas doulas Rainá Burmann e Tamyres Lima nos anos de 2017 a 2019, foram o ponto de partida para a idealização da obra. “Durante a pandemia o mundo parou, mas começamos a planejar e executar o livro, reunimos 33 relatos de pais, mães e profissionais do pós-puerpério e organizamos a publicação, que também conta com a participação da doula Priscilla Lírio e da promotora de Justiça Márcia Santana. ”, detalha a doula Tamyres Lima.

A psicóloga Graziela Gatto destaca a diversidade da obra, que conta com histórias onde os leitores vão se identificar. “São relatos únicos, mas de situações diversas, partos normais e cesáreos, homens pais, adoção, casal hetero, situações inusitadas e sentimentos conflituosos. Quem ler vai se identificar em algum relato”.

Vivian Reis, escritora, chama a atenção para a dança da vida e da morte “sim, porque o nascer de uma mãe, pai, bebê extingue tudo o que havia antes: novas relações e formas de se relacionar são exigidas”. Ela ainda conta um relato pessoal “vim descobrir o puerpério no terceiro parto, hoje entendo que são muitas emoções no pré e pós-parto, uma bomba de hormônios, o sono irregular, assuntos que precisam ser conversados”.

Parte do valor da venda do livro será doado a Zefa da Guia, parteira a mais de 60 anos. Zefa vive na comunidade quilombola Serra da Guia, em Poço Redondo (SE). “Vamos fazer a doação por respeito a ela enquanto profissional da área de saúde, valorizar o trabalho dela, que é um resgate e manutenção da tradição de parteira”.

Fonte:  Ascom/Segraseedise 28 07 2021